O Ministério Público do Trabalho de Paraná (MPT-PR), através da procuradoria de Londrina, confirmou na manhã desta quinta-feira (30), que 14 trabalhadores em situação análoga a escravidão foram resgatados em Mauá da Serra, no norte do Estado. As vítimas são sete homens naturais do município e outros sete do Piauí. Eles foram retirados do local insalubre e levados para um hotel.
Conforme o MPT, os resgatados trabalhavam em uma pedreira, com condições degradantes e sem segurança. A pedreira não possui licença para detonação e além disso os trabalhadores criavam o próprio explosivo mediante a mistura de pólvora com salitre, carvão e enxofre o que representa risco à vida.
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Parte dos trabalhadores vivia em um curral com cozinha e colchões improvisados ao lado de animais e a outra parte vivia em tendas montadas com lonas no local onde realizavam o trabalho. Segundo o MPT, eles trabalharam durante oito meses nessas condições.
Além disso, de acordo com o MPT, os proprietários da pedreira abatiam gastos com despesas pessoais dos salários dos trabalhadores que não conseguiam pagar dívidas.
RESGATE
O resgate foi feito na segunda-feira (27) e na terça-feira (28) foi realizada uma oitiva com os trabalhadores e empregadores. O MPT repassou que o prazo final para o empregador fazer o pagamento dos salários dos trabalhadores é nesta sexta-feira (31). O órgão também planeja um acordo com o contratante para resolver os acertos trabalhistas.
A pedreira foi interditada e os responsáveis foram autuados por trabalho análogo a escravidão, conforme o órgão.
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