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Taxa de recusa familiar para doação de órgãos atinge 30% na região

Conforme o Sistema Estadual de Transplantes, de 10 famílias entrevistadas neste ano, apenas três recusaram doar órgãos de seus familiares

Da Redação

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Neste ano, apenas três famílias recusaram doar órgãos de seus entes
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Neste ano, apenas três famílias recusaram doar órgãos de seus entes
Escrito por Da Redação
Publicado em 19.04.2025, 22:01:25 Editado em 19.04.2025, 22:04:39
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A região atingiu 30% de taxa de recusa familiar para doação de órgãos. O índice se aproxima da média estadual de 28%, a menor do país, e está abaixo da média nacional, de 46%. Conforme o Sistema Estadual de Transplantes (SET/PR), foram realizadas 10 entrevistas com familiares de pacientes elegíveis neste ano na região, sendo que em três entrevistas, a captação de órgãos não foi autorizada.

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- LEIA MAIS: PR tem a menor taxa de recusa familiar para doação de órgãos do Brasil

Duas recusas foram registradas no Hospital da Providência, em Apucarana, que realizou 8 entrevistas com familiares, recebendo seis autorizações para captação de órgãos, o que representa uma taxa de 75% de conversão. Já o Hospital Maternidade de Ivaiporã realizou entrevista com a família de um doador elegível para captação de órgãos. Contudo, o procedimento não foi autorizado.

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A única unidade da região sem recusa é o Hospital Norte do Paraná (Honpar), de Arapongas. A equipe responsável realizou uma entrevista familiar e obteve autorização para captação de órgãos, o que fez a unidade atingir 100% de taxa de conversão.

Para a coordenadora da Organização de Procura de Órgãos (OPO), de Londrina, Emanuelle Fiorio Zocoler, os hospitais da região apresentam índices satisfatórios. "O estado entende que 75% de aceite das famílias é aceitável. Então esses hospitais estão indo muito bem. É um sinal de que as famílias estão sendo bem atendidas, acolhidas e esclarecidas sobre o diagnóstico de morte encefálica. Assim aceitam mais facilmente a doação dos órgãos de seu ente", comenta.

O secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, salienta que o índice é  reflexo de "um processo bem estruturado, com políticas públicas eficientes, treinamento especializado, e, acima de tudo, o espírito solidário da população paranaense, que continua a transformar vidas por meio da doação de órgãos”, afirma.

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A entrevista familiar é uma etapa importante no processo de doação de órgão, pois ainda que o paciente tenha manifestado em vida o desejo de ser doador, o procedimento de captação só poderá ser realizado a partir da autorização da família. Essa etapa exige sensibilidade dos profissionais que realizam a entrevista, por se tratar de um momento delicado.

Os profissionais especializados do SET atuam com abordagem cuidadosa e esclarecedora, ajudando as famílias na tomada de decisão. Como resultado desse esforço, o Paraná se mantém, pelo segundo ano consecutivo, como o Estado líder em doações de órgãos, atingindo 42,3 doadores por milhão de população (pmp) em 2024 – mais que o dobro da média nacional de 19,2 pmp.

Além disso, o Estado lidera a efetivação dos transplantes, com 36 pmp, contra 17,5 pmp da média brasileira. Em números absolutos, foram contabilizados 500 doadores efetivos, possibilitando 903 transplantes de órgãos e 1.248 transplantes de córneas. Esses números reforçam o destaque do Paraná no cenário nacional de doação e transplantes, consolidando seu papel como referência na área.

O Estado também se destaca no ranking nacional de transplantes por milhão de população com 76,4 pmp ficando atrás apenas do Distrito Federal.

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