A safra da soja nos 28 municípios que compõe as regionais da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab) de Apucarana e Ivaiporã devem render cerca de 17,5 milhões de sacas, o que equivale a cerca de 1 milhão de toneladas do grão.
Mesmo com uma produção cerca de 8% menor neste ano em relação ao ano passado, a estimativa é de um rendimento de cerca de R$ 2,3 bilhões, 53% a mais do que na safra passada, quando as vendas do grão alcançaram cerca de R$ 1,5 bilhão.
Alta do dólar, moeda responsável pela cotação do produto no mercado internacional, e cotação em alta são responsáveis pela valorização exponencial da soja.
Pela regional de Apucarana, que compreende 13 municípios, a previsão de produção para esta safra que está no campo, está em torno de 127.750 hectares plantados e estima-se que o rendimento, fique em torno de 3.400 a 3.700 kg/hectare. Isso significa que a produção estimada deve ficar em torno de 453 mil toneladas na safra 2020/2021, 2% menos do que no ano passado, quando a produção foi de 465.000 toneladas.
Mesmo assim, o valor estimado para rendimento desta safra é cerca de R$ 970 milhões, 50% superior ao do ano passado, quando a venda da soja arrecadou R$ 643 milhões. De acordo com o técnico do Departamento de Economia Rural (Deral) de Apucarana, Adriano Nunomura, o preço do grão está disparou neste ano. O preço da saca da soja hoje está em torno de R$ 157.
No ano passado girava em torno de R$ 100. Para esta safra, transformando a produção em sacas, daria em torno de R$ 1,185 bilhões o rendimento. Porém, cerca de 50% dos produtores fizeram contratos de venda antecipada, e infelizmente não irão aproveitar tanto os bons preços de hoje”, explicou.
O técnico explica ainda que houve cerca de 20% de perdas na safra em alguns municípios devido ao excesso de chuvas no início do ano.
“Tivemos período de falta de chuvas no início do plantio, que atrasou um pouco e prejudicou o desenvolvimento inicial, mas depois as lavouras se recuperaram bem. Em janeiro houve excesso de chuvas e impediu a aplicação de defensivos, o que aumentou a incidência de doenças. Hoje, estima-se que em torno de 65% das áreas foram colhidas e os trabalhos estão a todo vapor, para retirar a produção antes das ch uvas”, considerou.
Região de Ivaiporã deve colher mais de 10 milhões de sacas
A safra de soja 2020/2021 nos 15 municípios da regional da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab) de Ivaiporã deve chegar a 10.1 milhões de sacas de 60 quilos. Embora inferior a safra passada, quando foram colhidas 11.2 milhões de sacas, o volume financeiro será 72% maior nesta safra.
Caso toda a safra fosse vendida ao preço de mercado da última sexta-feira na região, R$ 157,00 a saca, o volume total chegaria a R$ 1.586 bi; lembrando que cerca de 30% da safra atual já foi vendida antecipadamente no mês de outubro, a preço médio de R$ 100,00 a saca.
O preço de mercado médio da saca de soja na safra anterior foi de R$ 82,00. Na época a oleaginosa movimentou aproximadamente R$ 918 mi na região.
Nesta temporada, segundo o agrônomo do Deral, Sergio Carlos Empinotti, a produtividade média na regional foi 150 sacas por alqueire, menor que a safra anterior.
“A última safra tivemos uma colheita excepcional em média a produção foi de 170 sacas por alqueire, tudo correu normalmente, sem problemas com o clima. Nesta safra, tivemos problemas de estiagem no plantio, depois excesso hídrico em janeiro e fevereiro, e algumas plantas tiveram desenvolvimento indeterminado. Gastou mais energia para crescer do que para produzir o grão”, relata Empinotti.
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