A Secretaria de Saúde de Jardim Alegre iniciou na tarde de terça-feira (23), de forma pioneira na região, atendimento de pacientes com dores crônicas com indicação para tratamento com terapia canábica e uso do canabidiol, o óleo medicinal extraído da cannabis.
As consultas são feitas pelo médico Marcelo Braganceiro, que é prescritor de canabidiol legalmente autorizado. O fornecimento gratuito do óleo pelo SUS está em pauta no Congresso Nacional.
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A Cannabis é uma planta que possui um alto potencial terapêutico e seu uso medicinal tem sido estudado pela ciência com resultados promissores, revolucionando a vida de milhares de pessoas no tratamento de diversas doenças e distúrbios.
Segundo a secretária de Saúde de Jardim Alegre, Silvia Bovo, o médico Marcelo Braganceiro atua no Programa Saúde da Família (PSF) da equipe do Assentamento 8 de Abril há pouco mais de um ano, é pós-graduado em medicina canábica e faz especialização em psiquiatria.
“Nós o contratamos como médico do PSF, porém ele tem essa autorização para prescrever a Cannabis medicinal. Como a gente tem visto o aumento da busca por este tratamento alternativo que tem dado bons resultados, trouxemos ele para Jardim Alegre e foi a primeira vez que ele atendeu aqui na cidade”, relatou Silvia.
Ainda segundo a secretária, todos os pacientes atendidos na terça-feira (23) foram pacientes específicos com dores crônicas "que já tiveram outras alternativas da medicina e não obtiveram sucesso”. “Nós temos, por exemplo, um paciente que passou por 26 médicos com dores crônicas que não são cirúrgicas, então nós vamos acompanhar se essa medicação traz um resultado positivo para a qualidade de vida desses pacientes. Tem toda uma prescrição para esse atendimento, não foram consultas abertas, mas sim indicados por outros médicos para ajudar no tratamento”, explicou Silvia Bovo.
Silvia Bovo enfatizou ainda que por ser uma medicina alternativa, o medicamento ainda não está sendo distribuído gratuitamente pelo SUS e tem um custo um pouco elevado. “Mas, o paciente foi bem informado sobre o custo e que esse medicamento alternativo precisa ser custeado por ele”, completou.
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