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Safra de soja tem quebra de R$ 368 milhões na região, diz Deral

Uma das causas apontadas por especialistas é o calor excessivo e baixo volume de chuvas no fim do ano passado e início deste ano

Da Redação

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Plantação de soja em Novo Itacolomi, região de Apucarana
Icone Camera Foto por Cindy Santos/TNonline
Plantação de soja em Novo Itacolomi, região de Apucarana
Escrito por Da Redação
Publicado em 07.04.2024, 09:07:31 Editado em 07.04.2024, 09:07:40
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Nesta safra, a expectativa de produção de soja caiu 16,5% na região. Segundo levantamento das regionais de Apucarana e Ivaiporã da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab), a estimativa passou de 1,158 milhão de toneladas para 966,8 mil toneladas, um prejuízo de R$ 368,5 milhões aos agricultores. Uma das causas apontadas por especialistas é o calor excessivo e baixo volume de chuvas no fim do ano passado e início deste ano que castigaram as lavouras da região.

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A maior quebra foi registrada na região de Ivaiporã que abrange 15 municípios do Vale do Ivaí com redução de quase 20% na produção de soja, segundo o engenheiro agrônomo Sergio Carlos Empinotti, do Departamento de Economia Rural (Deral).

- LEIA MAIS: Soja orgânica aumenta rendimento de produtores de Jardim Alegre

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Apesar da área plantada ter aumentado de 175 mil para 180 mil hectares, o rendimento médio por hectare caiu de 3.500 quilos para 2.900 quilos.

"Essa queda se deve principalmente à estiagem que atingiu a região durante o período de desenvolvimento da soja", explica Empinotti. "As lavouras mais afetadas foram as de primeiro e segundo plantio, que registraram quedas de até 60%", afirma.

Mesmo com a queda geral, alguns produtores conseguiram manter a produtividade em patamares normais, chegando a colher até 160 sacas de 60 quilos por alqueire. "Em casos raros, onde o solo tinha mais umidade e o produtor estava mais preparado com o plantio direto mais antigo, a produtividade chegou a 180 sacas por alqueire", ressalta o engenheiro agrônomo.

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Na região, a média de comercialização do produto é de R$ 100,20 por saca de 60 kg. Em 2023 o produto chegou a ser vendido em média a R$ 151,47.

Embora a expectativa inicial fosse de que a safra rendesse R$ 1.087 milhões para os produtores da região, com a queda na produção esse total deve ficar em torno R$ 870 milhões, uma redução de R$ 217 milhões.

"Nos últimos anos, o preço da soja chegou patamares excelentes para o produtor, mas esse valor era reflexo da especulação em torno da guerra na Ucrânia e do receio de falta do produto no mercado e os países se abasteceram. Com o mercado se abastecido, o preço voltou ao seu nível normal que historicamente é em torno de U$ 20 dólares a saca", relata Empinotti.

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Apucarana

Na regional da Seab de Apucarana, que abrange 13 municípios, Deral aponta quebra de 16%. A estimativa de produção inicial era de 528,2 mil toneladas, número que caiu para 444,8 mil toneladas, redução de 16%. A quebra de aproximadamente 83,4 mil toneladas corresponde a uma perda de R$ 151,5 milhões.

“Além da quebra da produção, os produtores estão enfrentando um problema: os preços de mercado estão menores nesta safra, pois no mesmo período do ano passado, o valor da saca estava em torno de R$ 140 o que significa uma redução de aproximadamente 22% dos preços”, comenta o técnico do Deral, Adriano Nunomura. Atualmente, a saca de 60 kg de soja está cotada a R$ 109.

De acordo com Nunomura, a redução na produção e nos preços de venda, além de diminuir os lucros para o produtor, afeta diretamente o comércio e a economia local, principalmente nos municípios da região em que a agricultura é a principal atividade econômica e, em muitas vezes, a produção de grãos é a principal cultura agrícola. “E quando ocorrem quebras de safra e redução nos preços como estão ocorrendo, são esses municípios que mais sentem os reflexos desses danos”, afirma.

Por Ivan Maldonado e Cindy Santos.

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