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Casos de abuso contra menores geram alerta

Inquéritos policiais envolvendo estupro de vulnerável, que tem como vítimas menores de 14 anos, já superaram em 33% os números de todo ano passado nos cinco municípios da Comarca de Ivaiporã. De acordo com o delegado Aldair da Silva Oliveira da 54ª Delega

Da Redação

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Estupro de vulnerável cresceu 33%. Em 2018 todo foram instaurados 18 procedimentos, neste ano, já são 24 procedimentos.   (Fotos: Ivan Maldonado)
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Estupro de vulnerável cresceu 33%. Em 2018 todo foram instaurados 18 procedimentos, neste ano, já são 24 procedimentos. (Fotos: Ivan Maldonado)
Escrito por Da Redação
Publicado em 10.11.2019, 07:30:00 Editado em 10.11.2019, 07:51:56
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Inquéritos policiais envolvendo estupro de vulnerável, que tem como vítimas menores de 14 anos, já superaram em 33% os números de todo ano passado nos cinco municípios da Comarca de Ivaiporã. De acordo com o delegado Aldair da Silva Oliveira da 54ª Delegacia Regional da Polícia Civil (54ª DRP), em 2018 todo foram 18 procedimentos instaurados. Neste ano, já são 24 procedimentos.    

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De acordo com delegado Aldair, o estupro de vulnerável é um crime que, de praxe, é cometido às escondidas e traz muitas dificuldades de elucidação e esclarecimento. “Na maioria das vezes acontece no ambiente familiar e, obviamente, sem testemunhas. Mas, hoje nós temos uma escuta especial, que fica a cargo do poder judiciário, uma equipe especializada de psicólogos, justamente para suprir essa falta de prova testemunhal”, comenta. 

Casos de abuso contra menores geram alerta
Foto por Reprodução

Ainda segundo o delegado, 75% dos casos acontecem no ambiente familiar. “Há muitos casos envolvendo até pais, padrastos, tios, primos, pessoas do círculo familiar, ou alguém em contato rotineiro com a família que conhece a rotina e tem um contato bem mais próximo com a criança”, alerta.

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Para o delegado Aldair, a melhor forma de prevenção é estabelecer um diálogo com a criança, para que ela sinta confiança e conte a eventual ocorrência de um abuso. Ele destaca que, em comum, as crianças que são vítimas desse tipo de crime apresentam sinais muito típicos de mudanças bruscas de comportamentos. 

“Elas começam a ficar muito retraídas, quietas, começam a chorar com um pouco mais de facilidade. Muitas vezes há queda de rendimento escolar e elas podem fazer gestos de cunho sexual, não comum para idade delas. Pessoas que estão em volta dessas crianças, pais, professores, devem estar atentas”, alerta. 

O delegado explica que desde o ano passado, a criança vítima de violência sexual passou a ter uma oitiva especial. Antes, a criança era ouvida pelo Conselho Tutelar, depois na delegacia e em juízo. Ou seja, a vítima tinha que relatar a situação que sofreram três vezes.

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“Hoje a criança é ouvida uma vez só, em procedimento de produção antecipada de provas, e o objetivo é estancar essa revitimização e obter um arcabouço de provas mais robusto para que possa haver uma condenação em juízo”, explica o delegado. 

CAMPANHA

Para a assistente social Debora Bueno de Sousa coordenadora do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) de Ivaiporã boa parte do aumento das denúncias de estupro de vulnerável é resultado da campanha de Enfrentamento ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.

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“O que a gente tem percebido aqui em Ivaiporã é que a campanha surtiu efeito.   A gente escuta relatos até mesmo das crianças que a partir da campanha é que elas tomam consciência que estão sendo abusadas e por isso o aumento das denúncias”, afirma, referindo-se ao ao Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, comemorado em 18 maio. 

“É um trabalho contínuo, e na semana do dia 18, o trabalho é intensificado em projetos, nas escolas e nas comunidades.  Tem ainda a Rede de Proteção, que é procedimento realizado durante o ano todo, nos campos da educação, da saúde, da assistência social e da segurança pública, com o objetivo de assegurar e resguardar os direitos de crianças e adolescentes”, enfatiza Débora. 

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