A partir de 2024, a região vai dobrar o número de colégios cívico-militares. Serão 20 estabelecimentos de ensino estaduais nessa modalidade nas áreas dos Núcleos Regionais de Educação (NRE’s) de Apucarana e Ivaiporã contra os 10 existentes até este ano.
As mudanças ocorreram após consultas públicas realizadas entre novembro e dezembro em escolas públicas de todo o Estado. No NRE de Apucarana, seis escolas aderiram ao modelo após consulta pública, sendo quatro no município-sede, uma em Arapongas e uma em Cambira, totalizando 15 instituições de ensino cívico-militares na área de abrangência (veja no infográfico).
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No NRE de Ivaiporã, o modelo foi aprovado em quatro colégios, sendo um no município-sede, um em São Pedro do Ivaí, um em São João do Ivaí e um em Manoel Ribas, totalizando cinco instituições cívico-militares na área de abrangência.
De acordo com o chefe do NRE de Apucarana, Vladmir Barbosa, serão aproximadamente três policiais militares em cada escola para reforçar a segurança e melhorar a disciplina dos alunos. “O diretor e as pedagogas vão ter mais tempo para acompanhar a parte pedagógica da escola e, com isso, melhorar o ensino”, ressalta.
Na opinião de Barbosa, a comunidade tem muito a ganhar com a ampliação da educação cívico-militar, que combina elementos da gestão civil com a presença de profissionais militares da reserva (inativos) na administração e na rotina escolar. Segundo ele, as instituições que já passaram por essa mudança estão alcançando índices excelentes de frequência e disciplina.
“As quatro escolas cívico-militares que temos em Apucarana são de ponta. No Colégio Prefeito Carlos Massaretto, por exemplo, a frequência era de 80% e hoje temos mais de 90%. Os militares são respeitados e a escola está mais bonita. O Colégio Canale também é uma escola que estava em situação precária, houve até a morte de um aluno, não foi dentro da escola, mas foi fora. Hoje, a escola é respeitada e melhorou muito com isso. O Tadashi Enomoto também não tem problemas de evasão escolar ou uso de entorpecentes”, ressalta.
Nas escolas que aprovaram a adesão ao modelo cívico-militar, as votações favoráveis superaram a marca de 50% mais um voto necessário para a implementação do programa. O pleito envolveu professores, funcionários, pais de alunos e estudantes maiores de 16 anos, garantindo a participação democrática na decisão. Em todo o Paraná, serão 312 escolas nesse sistema a partir de 2024.
Duas escolas de Arapongas rejeitaram modelo
Duas escolas de Arapongas rejeitaram o modelo cívico-militar. Com 138 votos favoráveis e 150 contrários, o Colégio Estadual Julia Wanderley não obteve votação necessária para implementar o ensino. Outra recusa foi registrada no Colégio Antônio Racanello Sampaio, que vetou o modelo por 154 votos favoráveis e 183 contrários em novembro.
Dos três colégios que participaram da consulta em Arapongas, somente o Colégio Estadual Irondi Mantovani Pugliesi atingiu a votação necessária para a adesão do modelo.
Com o resultado, Arapongas contará com quatro colégios cívico-militares a partir do próximo ano. Atualmente, os colégios Marquês de Caravelas, Walfredo Silveira Correa e Francisco Ferreira Bastos já estão inseridos nesta modalidade ensino.
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