Cinquenta e quatro leitos exclusivos para atendimento a pacientes de coronavírus foram encerrados nos últimos dias na região em quatro hospitais de referência da área da 16ª Regional de Saúde (RS) de Apucarana e 22ª RS de Ivaiporã. A medida é reflexo da queda nas taxas de ocupação. Na terça-feira (4), os índices não ultrapassaram 50% nos hospitais de referência das duas regionais.
Na área da 16ª RS, trinta leitos foram descontratualizados no Hospital Norte do Paraná (Honpar) de Arapongas: 10 de UTI, que passou de 66 para 56 leitos e 20 na enfermaria, passando de 50 para 30 vagas. Ainda, assim, as UTI e enfermaria encerraram o dia com ocupação de 20% e 17%, respectivamente.
Nos demais hospitais de referência, a ocupação não chega a 50%. Em Apucarana, no Hospital da Providência, a enfermaria atingiu 20% com 12 pacientes. Na UTI, a ocupação chegou a 47% com 11 pacientes. Na enfermaria do Hospital Nossa Senhora de Fátima, em Jandaia do Sul, apenas um paciente estava internado. O hospital tem 50 vagas.
Na 22ª RS de Ivaiporã, 24 leitos de covid foram encerrados ontem, o equivalente a 28,5% do total. Com a queda no número de pacientes, o Hospital Regional de Ivaiporã - que soma 60 leitos - vai centralizar novamente o atendimento de covid-19.
Foram descredenciados 8 leitos no Instituto Saúde Bom Jesus e 6 no Instituto Lucena Sanches, ambos em Ivaiporã, além de 10 vagas no Hospital Municipal Antônio Pietrobon, de Nova Tebas, última unidade credenciada Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).
Na terça-feira, a regional mantinha 27,5% de ocupação em leitos de enfermaria e 35% nas vagas de UTI. “Isso tudo devemos à vacinação, que realmente imuniza as pessoas”, afirma a a chefe 22ª RS de Ivaiporã, Eleane Rother.
De acordo com Eleane, o avanço na imunização está reduzindo o número de casos graves, consequentemente, a quantidade de internamentos hospitalares, o que explica o fechamento de leitos exclusivos para o tratamento da Covid-19. “A redução de leitos está prevista dentro das resoluções já lançadas. A quantidade de leitos varia de acordo com a taxa de ocupação. E como houve queda nos internamentos e casos confirmados no Estado, houve essa adaptação”, diz.
Eleane Rother destaca que a queda nos números deu um alívio na ocupação hospitalar, contudo não é o momento de relaxar com os cuidados preventivos. “Mas não podemos descuidar. Devemos manter o protocolo de higienização, uso de máscaras até a maior parte da população estar imunizada”, recomenda.
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