Com o objetivo de oferecer fonte de renda alternativa para o homem do campo, a Prefeitura de Jardim Alegre criou no ano passado o programa “Aquicultura Sustentável” para incentivar a produção de peixes e aproveitar o potencial hídrico do município.
Por meio desse projeto, os produtores em regime de agricultura familiar recebem apoio da Prefeitura através de subsídio de hora máquina para escavação e cascalhamento, que será fornecido para a área de implantação do projeto de acordo com a recomendação técnica.
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Desde que o programa foi implantado dois produtores aderiram e já estão produzindo. Ambos participam do projeto de integração da Cocari para a produção de tilápias. A integradora fornece os alevinos, a assistência técnica, a ração, despesca, o abate e a garantia de compra. O produtor entra com a área, a mão de obra e a aquisição dos equipamentos.
Alexandre Rocca de Araújo foi o primeiro a aderir ao programa, dono do Pesqueiro Paraíso, encontrou no programa municipal a oportunidade de aumentar a renda da propriedade. Hoje, além da represa do pesque e pague, ele tem dois tanques que produz peixes para a integradora. Ele aloja nos dois tanques 56 mil peixes.
“É um bom negócio, principalmente por conta do espaço que não tinha como aproveitar para a agricultura. Hoje, o valor pago pela integradora é de R$ 1,20 a R$ 1,60 o quilo conforme a conversão alimentar. No geral, tem sido bom a atividade, mas pretendo investir na implantação de energia solar para ter um resultado melhor ainda”, destacou Araújo.
O produtor Amarildo Estevam Barbosa e o filho Anderson iniciaram a atividade no início do ano. Amarildo conta que a propriedade tinha alguns tanques pequenos que foram transformados em um tanque de acordo com as medidas da integradora e ainda construído mais um tanque, e a hora máquina foi com apoio do subsídio do programa municipal.
No total estão sendo investidos na propriedade através do PRONAF e do Banco do Produtor mais de R$ 600 mil na aquisição dos aeradores, alimentador automatizado, gerador, e implantação de energia fotovoltaica com 72 placas de 550 volts. O primeiro alojamento da propriedade é de 76 mil peixes.
“Antes de investirmos, eu e meu filho analisamos todos os fatores e percebemos que é um negócio atrativo. A expectativa é boa, porque o peixe é fácil de criar, desde que se tenha uma boa estrutura”, enfatizou Amarildo.
Para o prefeito José Roberto Furlan o programa municipal é mais alternativa de geração de renda às famílias do campo. “Por ser uma atividade econômica muito viável, estamos incentivando a piscicultura no município. O programa representa um grande avanço no que diz respeito à concessão de incentivos a quem produz, estimulando o investimento, crescimento, a geração de empregos e a movimentação da economia local como um todo”, ressaltou Furlan.
O Brasil é o quarto maior produtor de tilápia do mundo. Essa espécie representa aproximadamente 60% de toda a produção do Brasil, seguido dos peixes nativos, com 35% e 5% restantes para outras espécies.
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