Um professor do Colégio Estadual Talita Bresolin, de Califórnia (PR), é alvo de inquérito policial e também de investigação do Núcleo Regional de Educação (NRE), de Apucarana, por suposto assédio sexual contra estudantes menores de idade. Segundo a ouvidoria do NRE, 19 denúncias contra ele foram feitas no órgão para denunciar o docente.
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"Assim que tivemos ciência dos fatos na semana passada, instauramos um processo de verificação para apuração. Fizemos trabalhos administrativos e abrimos um protocolo que foi encaminhado à Secretaria de Educação, que agora assume o caso e decide os próximos passos, que acredito que seja a abertura de uma sindicância," declarou o ouvidor do NRE, José Carlos dos Santos.
Questionado sobre o afastamento do professor, o ouvidor esclareceu que essa decisão cabe à Seed. "O caso precisa ser analisado antes do afastamento", disse. Conforme o ouvidor, o professor estaria com atestado médico, mas oficialmente o NRE ainda não foi comunicado.
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O TNOnline procurou o delegado Felipe Ribeiro Rodrigues, da Polícia Civil de Marilândia do Sul. Ele confirmou que as denúncias estão sendo apuradas. "Um inquérito foi instaurado. No entanto, como se trata de vítimas menores de idade, todo o processo é sigiloso", disse o delegado.
A reportagem conversou com a mãe de uma adolescente de 12 anos que registrou denúncia contra o professor. Segundo ela, o assédio sexual ocorreu por meio de toques e "olhares intimidadores e maliciosos".
A mãe relatou que a adolescente contou sobre a situação no último dia 4. Ela e outras vítimas levaram suas queixas à direção da escola. "O absurdo é que, após essa conversa, segundo minha filha, a direção tentou 'passar pano' na situação, insinuando que as atitudes do professor poderiam ter sido confundidas por elas. Minha filha relatou que o olhar do professor é intimidador e malicioso. Para piorar, ele teria passado a mão nas pernas, acariciado a cintura e até tocado o seio de algumas meninas. Ela também me contou que ele assiste vídeos pornográficos em sala de aula", explicou a mãe.
Conforme a mãe da aluna, uma manifestação organizada pelos pais está sendo planejada para acontecer nos próximos dias em frente ao colégio para pedir por justiça. "Minha filha está abalada, minha família está abalada, todos nós pais estamos abalados. Estamos nos sentido desprotegidos, indignados principalmente pela a escola ser omissa, pedir para elas não contarem essa situação tão grave para nós. Queremos justiça e que ele seja responsabilizado pelo que fez com as nossas filhas”, disse a mãe.
A diretora da escola não quis se pronunciar sobre o caso, pois estava em viagem para o Chile no programa estadual Ganhando o Mundo, e está se inteirando sobre os acontecimentos. Ela, entretanto, confirmou que o professor está afastado e afirmou que todas as medidas cabíveis foram tomadas pelo diretor-auxiliar que acionou o Conselho Tutelar, o NRE e a Polícia Civil.
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