O Departamento de Saúde de Ivaiporã através da Vigilância Epidemiológica está investigando o caso de uma paciente que teve sintomas de covid-19 em setembro e testou positivo, teve alta, e voltou a ser diagnosticada para a doença em dezembro.
Ao todo, segundo a técnica de enfermagem, Áurea Rocha do setor de Vigilância Epidemiológica, a cidade recebeu até agora três notificações de possíveis reinfecções, todos baseados em amostras de exames RT-PCR. No entanto, uma delas foi descartada, é um caso de paciente que teve os dois testes positivos dentro de um intervalo inferior a 90 dias.
“A nota do Ministério é que inferior há 90 dias não se considera reinfecção. São considerados fragmentos virais que pode permanecer nas vias aéreas por mais tempo”, disse Áurea.
Outro caso acabou sendo considerado inconclusivo faltou dados que permitissem a análise, principalmente a disponibilidade da primeira amostra. O paciente testou positivo pela primeira vez em 26 de junho. O segundo exame positivo foi confirmado em 07 de outubro.
“Embora houvesse suspeição de reinfecção, o IBMP (Instituto de Biologia Molecular do Paraná) só começou a guardar as amostras a partir de agosto. Como há necessidade das duas amostras, neste caso não foi possível a investigação, sendo então considerado inconclusivo”, disse Áurea.
Segundo a enfermeira Nilza Fernandes coordenadora da Vigilância Epidemiológica, o caso em investigação atual deve demorar algum tempo para conclusão. “Será um processo longo do Lacen, já que a prioridades do momento são os exames do pessoal que está agudo”.
A enfermeira diz ainda que por se tratar uma doença nova, ainda não é possível saber o comportamento do vírus. “Por isso, continuamos orientando que se for detectado os sintomas da Covid-19 a pessoa faça o isolamento de 10 dias, e o uso continuo de máscaras mesmo por aqueles que já foram infectados. Enquanto não tivermos a vacina, seja quem já teve ou não teve a doença vai ter que continuar com as medidas protetivas contra o coronavírus. No momento nós estamos numa situação bem preocupante”, completou Nilza.
Caso inconclusivo
A reportagem também conversou com o paciente de 47 anos que teve dois resultados positivos num intervalo de 103 dias, mas acabou não sendo investigado por falta de amostras. O paciente que preferiu não revelar o nome acredita que o caso dele foi de reinfecção.
“A primeira vez foi em junho, como teve um caso no meu local de trabalho fiz o exame PCR e acabou confirmando positivo. Foram sintomas leves, dor no pulmão e no último dia de isolamento social acabei tento um escarro de sangue”.
O segundo exame foi em razão da esposa dele ter tido os sintomas, e também ter testado positivo para coronavírus no mês de outubro. “Ela teve coriza, perda de olfato, paladar, e ao que tudo indica eu acabei contraindo dela. Na segunda vez, eu não senti praticamente nada, a não ser uma dor nas costas, mas coisa leve”.
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