Foto por Freepik
Uma mulher, moradora de Novo Itacolomi (PR) foi vítima de um estelionato ao tentar realizar uma ação beneficente para ajudar seu irmão, que está acamado e em estado vegetativo.
“Meu irmão tem 33 anos e está em estado vegetativo há mais de dois anos, se alimentando por sonda. Eu comecei uma campanha beneficente para arrecadar fundos e construir um quarto nos fundos da minha casa para poder cuidar dele melhor”, contou a vítima ao TNOnline.
Ela informou à Polícia Militar (PM), que, inicialmente fez uma rifa para arrecadar fundos e que conseguiu um total de R$3.000,00.
“Ganhei uma novilha e fiz uma rifa, onde arrecadei cerca de R$ 3 mil. Foi quando esse homem apareceu e se ofereceu para fazer uma nova ação para conseguir mais fundos”, explica.
A mulher entregou a quantia de R$1.000,00 para que esse homem, que seria bastante conhecido na cidade por ser influenciador da área de eventos e trabalha como enfermeiro, realizasse um baile.
“Ele é enfermeiro e inclusive já atendeu o meu irmão, conhece o estado de saúde dele. Eu aceitei a ideia e fiz um pix de R$850,00 para ele. Depois minha família ainda enviou mais R$150,00 para ajudar na realização do evento”, pontua.
O baile aconteceu na sexta-feira (21) e contou com quatro DJs. E além do dinheiro enviado pela vítima, o organizador também arrecadou doações pela cidade, além da venda de ingressos.
“Muita gente ajudou doando dinheiro para os custos do baile, pois ele saiu mostrando as fotos da situação em que meu irmão se encontra. Além de tudo, também teve a venda dos ingressos. Só eu vendi R$210,00 em ingressos, sendo que o dinheiro foi repassado para ele”, assinala.
Após a realização do baile, a mulher foi procurada pelo responsável pela ação. No entanto, ele disse que o baile não deu bons resultados.
“Ele veio acertar comigo e falou que o baile foi um fracasso. Fez um pix para mim no valor de R$10,10 e foi embora”, conta a mulher.
Recorrente
A mulher também afirma que após o ocorrido, recebeu informações de que não é a primeira vez que o homem realiza essa prática. Segundo ela, outra família da cidade já sofreu o mesmo golpe.
“Teve uma família, há cerca de um ano, que ele fez a mesma coisa. Eles estavam arrecadando dinheiro para o tratamento de câncer de uma menina e ele se ofereceu para ajudar, arrecadou o dinheiro e não repassou. Essa família não o denunciou por medo”, pontua.
A vítima conta, no entanto, que agora vai atrás dos seus direitos.
“Eu procurei pela Polícia Militar aqui em Novo Itacolomi e também vou registrar boletim na Polícia Civil de Apucarana. Vou cobrar os meus direitos, pois isso não pode ficar assim”, finaliza.
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