Uma família de Kaloré fez uma denúncia nesta terça-feira (5), envolvendo o Hospital da Providência, de Apucarana. Conforme informações de Daiana Cristian Ribeiro Domingo, 30 anos, após 12 dias do sepultamento de seu pai Vicente Alves Domingos, de 68 anos, familiares do idoso souberam que uma perna dele havia sido amputada e mantida no hospital.
De acordo com a assessoria do Hospital da Providência, o procedimento é obrigatório para avaliação do tumor.
Ainda de acordo com a filha do idoso, no dia seguinte à chegada no hospital, a família de Vicente recebeu a notícia de que os médicos precisariam amputar a perna direita dele. O procedimento foi autorizado e, após a cirurgia, o paciente foi encaminhado a uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Naquele mesmo dia, a filha foi avisada que o pai não resistiu às complicações da doença e morreu.
A família solicitou que o corpo de Domingos fosse levado de volta à Kaloré. O idoso foi sepultado em 18 de dezembro, no Cemitério Municipal.
Após 12 dias do sepultamento, em 30 de dezembro, a família de Daiane recebeu uma ligação do hospital onde o pai dela havia sido internado. Segundo ela, um profissional do laboratório pediu que a família fosse até o hospital buscar a perna, que havia ficado no local.
Conforme Daiane, a notícia foi recebida com surpresa. “A gente não sabia que a perna tinha ficado, achamos que havia sido enterrada. Pensamos que [a gente] tinha esquecido algum documento, um pertence do meu pai, não imaginava que era a perna”, diz.
Segundo ela, o hospital explicou que o membro foi deixado no local para que fossem feitos exames. Contudo, de acordo com Daiane, a família não autorizou nenhum procedimento após a morte do idoso. Daiana informou que o hospital solicitou que o membro seja retirado pela família ainda nesta semana. Conforme Daiane, um novo sepultamento precisará ser feito.
Hospital
Em contato com a assessoria de imprensa do Hospital da Providência, de Apucarana, a equipe explicou que a perna de Vicente Alves Domingos, de 68 anos, ficou na instituição para ser analisada e passar por uma biopsia. Ainda de acordo com o hospital, toda peça retirada de paciente, como membros e tumores, obrigatoriamente deve ser submetida a exame anatomopatológico. O procedimento é feito em um laboratório.
Conforme informações do hospital, os exames ficaram prontos dia 30 de dezembro, mesmo dia em que a família foi comunicada sobre os resultados dos exames e da possibilidade de enterro do membro ou descarte pela funerária. Ainda segundo a assessoria, a documentação sobre o destino do membro está pronta para ser assinada pela família.
Com informações GMC Online.
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