A falta de chuvas regulares durante esta safra tem causado sérios prejuízos à produção agrícola na região de Ivaiporã, afetando especialmente as lavouras de trigo e milho safrinha. Os produtores da região enfrentam desafios significativos, que tem prejudicado o desenvolvimento das culturas e reduzido a expectativa de colheita.
As chuvas no início de julho tiveram um impacto misto na produção de trigo na regional da Seab de Ivaiporã, que abrange 15 municípios do Vale do Ivaí e região central do estado. Enquanto parte das lavouras experimentará um ligeiro aumento na produtividade, a produção global sofrerá uma redução significativa, afetando as expectativas dos agricultores e o mercado.
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De acordo com o agrônomo Sergio Carlos Empinotti, do Departamento de Economia Rural (Deral), com a ocorrência das chuvas, aproximadamente 40% das lavouras de trigo, que já estavam em fase de floração e frutificação, não terão mais melhorias significativas.
Já os outros 60% apresentam diversas fases de desenvolvimento. Cerca de 30% das plantações ainda estavam na fase anterior ao perfilhamento e, com as chuvas, terão um pequeno aumento na produtividade.
Apesar dessas melhorias pontuais, a produção total de trigo na região deve sofrer uma redução significativa. Antes da chuva, o Deral estimava uma perda de 70%, mas esse número foi ajustado para uma queda entre 50% e 60%.
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A média histórica da região é de 141 sacas de trigo por alqueire. Com a nova previsão, o rendimento deve ficar abaixo de 100 sacas. “No entanto, alguns produtores que plantaram cedo enfrentaram perdas severas e terão colheitas reduzidas a cerca de 30 sacas por alqueire, tornando a produção economicamente inviável”, relata Empinotti.
Apesar dos desafios na produção, o preço do trigo no mercado está razoável, segundo Empinotti. “Atualmente, o valor gira em torno de R$ 75,00 a saca de 60 quilos. A produção reduzida no Brasil pode levar a um aumento dos preços.”
Milho Safrinha
A colheita de milho, que está em andamento na região (cerca de 50% da área plantada), também terá perdas nesta safra. As lavouras plantadas precocemente também enfrentaram estiagem severa. Em contraste, outras lavouras, semeadas no período recomendado e que utilizaram plantio direto, conseguiram manter uma boa umidade no solo, garantindo melhores rendimentos.
A previsão é que a média de colheita na regional seja de cerca de 100 sacas por alqueire, com variações significativas. Em São João do Ivaí e São Pedro, algumas colheitas chegaram a colher 250 sacas por alqueire. “Algumas lavouras, no entanto, foram praticamente perdidas devido à falta de preparo adequado, com a produção caindo pela metade. A estimativa inicial de 540 mil toneladas deve ser reduzida para cerca de 270 mil toneladas, representando uma perda de 50%”, enfatiza Empinotti.
O preço do milho atualmente está na faixa de R$ 48 a saca, com perspectivas de alta até a chegada da próxima safra.
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