Dados do Comex Stat, sistema para consultas e extração de dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços apontam que as exportações subiram 28% no primeiro semestre deste ano na região.
O saldo obtido pelos 11 municípios do Vale do Ivaí, com vendas no exterior foi US$ 87 milhões entre janeiro a junho deste ano contra US$ 67,8 milhões no mesmo período do ano passado.
Só em junho a região exportou US$ 14,9 milhões, um aumento de 56,4% em relação ao mesmo período do ano passado quando o mês fechou com US$ 9,5 milhões.
De janeiro a junho deste ano, Arapongas exportou US$ 43,7 milhões e a indústria moveleira foi a grande responsável pelo saldo positivo, que corresponde a 63,3% das exportações. Em relação ao ano passado o crescimento foi de 46,3%, com um saldo de US$ 29,8 milhões.
Em Apucarana, o crescimento foi de 65% no primeiro semestre deste ano com saldo de R$ 20 milhões, em comparação com o mesmo período do ano passado quando o município exportou US$ 12 milhões. Os produtos apucaranenses que lideraram as vendas no exterior foram couros e peles curtidas que correspondem a 27% do total, seguido pelas gorduras e óleos vegetais, couros preparados após curtimento e tecidos de algodão.
No ranking regional, São Pedro do Ivaí ficou em terceiro lugar, com saldo de US$ 17,8 milhões.
Em Cambira, as exportações mais que dobraram no período, tanto que o município detém o maior aumento percentual da região. De janeiro a junho de 2020 foram US$ 494 mil valor que aumentou para US$ 1.081.949, no mesmo período de 2021, um crescimento de 118,7% puxado sobretudo pelos adubos fertilizantes. O prefeito, Emerson Toledo, comemorou o resultado positivo obtido mesmo em meio a pandemia. “Nossos produtos estão sendo reconhecidos foram do país. Esse resultado é importante porque estas empresas estão crescendo e gerando empregos no município”, destaca.
Entre os 11 municípios que exportaram este ano, quatro registraram queda nas exportações: São Pedro do Ivaí (2,8%), Jandaia do Sul (34,9), Marilândia do Sul (59%) e Cruzmaltina (99%).
Alta nas exportações é reflexo da pandemia, afirma economista
Para o economista Marcelo Vargas, professor do campus de Apucarana da Unespar, o bom resultado no comparativo das exportações entre 2020 e 2021 é reflexo da crise provocada pela pandemia do novo coronavírus que, no ano passado, impactou as vendas de modo geral.
“Esse resultado positivo de um crescimento tão grande é que justo nos primeiros seis meses de 2020 a crise da Covid fez com que os números da exportação fossem mais substanciais”, comenta. Contudo, o economista observa que nos resultados mensais, alguns municípios conseguiram manter os valores no mesmo patamar, como por exemplo Arapongas. “Arapongas exporta mais porque exporta produtos manufaturados da indústria com valor agregado, como móveis de madeira para quartos, cozinhas, ao contrário de Apucarana que exporta mais matéria-prima”, analisa.
Em Apucarana, Vargas destaca um produto importante que passou a ser exportado e contribuiu para elevar os números do município: as gorduras e óleos vegetais. “Em janeiro de 2020 a exportação desses produtos era zero e neste ano foi o produto mais exportado em janeiro e o segundo em fevereiro, ficando entre os quatro principais entre janeiro a junho deste ano”, afirma.
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