As exportações cresceram 37,6% neste ano na região. De acordo com a Comex Stat, plataforma do Ministério da Economia que divulga dados de exportação e importação, 12 municípios registraram US$ 128,7 milhões em vendas no exterior entre janeiro a agosto, contra US$ 93,4 milhões no mesmo período do ano passado.
Arapongas lidera o ranking regional com US$ 63 milhões, 55,4% a mais que o ano passado, quando faturou US$ 40,5 milhões com a venda de produtos no exterior. Mesmo com aumento no volume de cargas enviadas para fora do país, o município fechou o período de janeiro a agosto em deficit de US$ 73,3 milhões na balança comercial por ter importado US$ 136,2 milhões no período.
Os móveis representam 61% do volume total exportado pelo município. Entre os países parceiros que compram produtos fabricados em Arapongas estão os Estados Unidos, Argélia, Arábia Saudita, México, China, Filipinas além dos países vizinhos da América Latina.
O maior município da região, Apucarana, exportou US$ 25,7 milhões. O volume negociado de cargas foi 54% maior que o mesmo período do ano passado, quando as vendas de produtos para outros países somaram US$ 16,6 milhões. Couros e peles correspondem a 40% das vendas. Tecidos de algodão representam 16% e gorduras e óleos vegetais 12%. Entre os países que compram produtos estão o Canadá, Estados Unidos, Espanha, França China, Índia e países vizinhos.
São Pedro do Ivaí é o segundo maior exportador da região, registrando US$ 29,3 milhões neste ano, 13% a mais que o ano passado. O superavit de janeiro a agosto foi de R$ 22,49 milhões. Mais da metade das cargas enviadas para outros países contém preparações para ração animal e leveduras. Países parceiros que compram de São Pedro do Ivaí são Estados Unidos, África do Sul, Reino Unido, Espanha, China Índia, e países vizinhos.
Outros municípios que registraram aumento nas exportações no comparativo entre 2021 e 2020 são Manoel Ribas, Cambira, Mauá da Serra e Jandaia do Sul. Na contramão estão Cruzmaltina, Marilândia do Sul, Faxinal e São João do Ivaí, que tiveram queda nas vendas no exterior. Califórnia e Kaloré, que não exportaram nada no ano passado, venderam bateria e soja.
Municípios importaram US$ 164,9 mi
De janeiro a agosto deste ano, os municípios importaram US$ 164,9 milhões. O valor superou o volume de exportações e representa um deficit de US$ 36,1 milhões na balança comercial. “Isso é negativo porque a região importou mais do que exportou. A exportação gera emprego e renda e consumo aqui. Quando importamos compramos produtos que empresas estrangeiras fazem, gerando empregos, salários e consumo em outros países”, avalia o economista Marcelo Vargas, professor da Universidade Estadual do Paraná (Unespar).
Entre os produtos que lideram a importação brasileira está o trigo. Segundo o economista, o clima tropical não é favorável para a produção do grão em grande massa. “Nossa região produz muito trigo, mas não supre a demanda”, observa.
Sobre as exportações, o economista destaca que o mercado externo está mais atrativo para os empresários, por conta da alta do dólar. “A maior parte dos municípios da nossa região tiveram resultados positivos na exportação de produtos”, assinala.
Por, Cindy Santos - Jornalista do Grupo Tribuna do Norte
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