A dificuldade histórica de ampliar o número de doadores de sangue só aumentou durante a pandemia. No Hemonúcleo de Apucarana, 3.765 doadores compareceram entre janeiro e outubro para realizar doação, o número é 26% menor que no mesmo período de 2019, quando 5.091 doadores se voluntariaram.
Em relação ao volume de sangue coletado, a queda é maior: 27,4%. Os doadores garantiram, neste ano, 3.148 bolsas contra 4.340 bolsas no mesmo período do ano passado. A assistente social Marta Maria Galvão Haider, do Hemonúcleo de Apucarana, acredita que as doações diminuíram na pandemia porque algumas pessoas têm medo de sair para doar. “Temos uma limitação de número de doadores por dia e isso também fez com que diminuísse”, explica.
Marta lembra, entretanto, que os doadores devem estar cientes da importância de dar sequência ao ato. “Todos dias existem cirurgias e pessoas que precisam de sangue. Temos uma demanda semanal e emergências do dia a dia. Neste final de semana, por exemplo, tivemos emergências de O negativo e não tinha. Tivemos que buscar em outros bancos de sangue”, explica.
Marta diz que uma bolsa de sangue pode salvar até quatro vidas. “Claro que existem outras motivações para a doação, como isenção de taxas em concursos e descontos em atividades culturais. No entanto, o doador tem que ser motivado em ajudar o próximo e ser voluntário”, acrescenta.
DOAÇÃOO Hemonúcleo também quer aumentar a quantidade de doadores regulares. Para doar sangue alguns critérios devem ser preenchidos: idade entre 16 e 59 anos, peso superior a 50 quilos. Pessoas com febre, gripe ou resfriado, diarreia recente, grávidas e mulheres no pós-parto não podem doar temporariamente. A frequência máxima é de quatro doações de sangue anuais para o homem e de três doações de sangue anuais para as mulheres.
Além disso, é preciso apresentar documento oficial com foto e menores de 18 anos só podem doar com consentimento formal dos responsáveis. O procedimento para doação de sangue é simples, rápido e totalmente seguro.
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