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Colégios da região têm 91 alunos com “altas habilidades”

Os 91 alunos com “altas habilidades” pertencem a seis municípios que integram o NRE de Apucarana

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 25.12.2022, 13:00:00 Editado em 23.12.2022, 14:49:18
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O Núcleo Regional de Educação (NRE), de Apucarana, tem matriculados 91 alunos enquadrados no conceito de Altas Habilidades/Superdotação (AH/SD). A identificação destes estudantes foi realizada mediante protocolos criados, especificamente, para atender esse público que participam de atividades especiais de enriquecimento curricular nas escolas para estimular as suas potencialidades.

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Os 91 alunos com “altas habilidades” pertencem a seis municípios que integram o NRE de Apucarana. São 36 de Apucarana (17 no Colégio José de Anchieta, 10 no Colégio Antônio dos Três Reis, 7 na Escola Francisco Antônio de Souza e 2 no Colégio Vale do Saber); 21 em Cruzmaltina (Colégio Padre Gualter); 14 em Jandaia do Sul (9 no Colégio Rui Barbosa e 5 na Escola Carlos de Campos); 12 em Novo Itacolomi (Colégio Tomé de Souza); 6 em Marumbi (Colégio Marumbi) e 2 em Faxinal (Colégio Érico Veríssimo).

A técnica pedagógica Marjorie Bueno Felipetto, coordenadora da área de Altas Habilidades/Superdotação dno NRE de Apucarana, explica que três colégios da região contam com Salas de Recursos Multifuncionais de Altas habilidades/Superdotação: José de Anchieta, em Apucarana; Padre Gualter, em Cruzmaltina e Tomé de Souza, em Novo Itacolomi. Os demais alunos estão distribuídos em colégios estaduais com educação em tempo integral, que também contam com profissionais habilitados para identificar esses estudantes.

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A partir de 2023, mais cinco estabelecimentos de ensino estaduais da região com educação em tempo integral vão contar com esse trabalho: Colégio Ivanilde de Noronha, de Arapongas; Escola Humberto de Alencar, de Borrazópolis; Escola Humberto de Alencar, de Jandaia do Sul; Colégio Abrahan Lincon, de Kaloré; e Colégio Tancredo Neves, de Marilândia do Sul.

O conceito de altas habilidades/superdotação só passou a fazer parte da Lei de Diretrizes e Bases (LDB), que regulamenta a educação no País, em 2013. Na rede pública estadual do Paraná, segundo Marjorie, os professores que atuam na educação especial têm formação específica na área e somente eles podem conduzir, em conjunto com a equipe pedagógica das escolas, os procedimentos de identificação de estudantes com altas habilidades/superdotação.

A Deliberação nº 02/2016, do Conselho Estadual de Educação do Paraná, afirma que os alunos com altas habilidades/superdotação são “aqueles que apresentam potencial elevado e grande envolvimento com uma ou mais áreas do conhecimento humano, isoladas ou combinadas: intelectual, liderança, psicomotora, artes e criatividade”.

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Majorie explica que os alunos podem ser identificados pelos professores das escolas com Salas de Recursos de Altas Habilidades/Superdotação (SRM) e também por professores com habilitação em educação especial, que atuam nas escolas de tempo integral. “A participação do professor especialista ou habilitado em educação especial é imprescindível para validação do procedimento”, afirma.

A coordenadora da área no NRE de Apucarana observa que os professores seguem no Paraná o protocolo de identificação criado pelas especialistas Suzana Graciela Pérez Barrera Pérez e Soraia Napoleão Freitas, que autorizaram o uso por parte da Secretaria de Estado da Educação (Seed).

Alunos são diferenciados, mas não “gênios”

A técnica pedagógica Marjorie Bueno Felipetto, coordenadora da área de Altas Habilidades /Superdotação (AH-SD) no Núcleo Regional de Educação (NRE), de Apucarana, afirma que ainda há falta de informação sobre os alunos identificados como AH/SD.

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Segundo ela, há um “falso entendimento” de que um aluno identificado com essas características precisa dominar todas as habilidades (intelectual, liderança, psicomotora, artes e criatividade), sendo uma espécie de “gênio”. “Muitas vezes, o estudante tem apenas aguçada uma dessas habilidades. Pode ser um aluno muito avançado em matemática, em música ou em desenho”, exemplifica.

Marjorie afirma que a identificação desses estudantes é fundamental para estimular as suas qualidades e interesses especiais, além de potencializar essas características. “Para estes estudantes devem ser organizados planos de atendimento diferenciados, voltados especificamente para as suas especificidades. Eles também vão participar de vários projetos, o que acaba por desenvolver ainda mais as suas potencialidades”, assinala.

Ela afirma que o ideal seria que toda as escolas contassem com salas de recursos multifuncionais de altas habilidades/superdotação ou desenvolvessem um trabalho de altas habilidades. No entanto, observa que o número de colégios com esse trabalho vem aumentando no Paraná.

Por, Fernando Klein

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