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Alta na infestação do mosquito da dengue gera alerta na região

Levantamento da 16ª Regional de Saúde de Apucarana aponta situação preocupante em Marumbi, Cambira e Rio Bom

Da Redação

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Verão historicamente favorece a proliferação do inseto por registrar chuvas e altas temperaturas.
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Verão historicamente favorece a proliferação do inseto por registrar chuvas e altas temperaturas.
Escrito por Da Redação
Publicado em 11.02.2023, 17:51:56 Editado em 11.02.2023, 17:51:55
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Levantamento Rápido de Índices para o Aedes aegypti (LIRAa) divulgado nesta semana pela 16ª Regional de Saúde (RS) de Apucarana aponta situação de alerta em três municípios da região: Marumbi, Cambira e Rio Bom. O relatório mostra ainda aumento de larvas do mosquito transmissor da doença na maioria das 17 cidades pertencentes a regional. E com a maior presença de vetores, há grande risco de alta nos casos da doença. Informe epidemiológico divulgado anteontem pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) confirmou 63 casos de dengue na região, quatro a mais do que o boletim anterior.

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O município com maior índice de infestação é Marumbi que saiu dos 0,4% para 4,3% no último boletim. Cambira que no último relatório apresentou 0,8% atingiu 4% de infestação de larvas. Rio Bom também registrou 4%, no entanto, o município não divulgou informações sobre o levantamento anterior para comparativo.

- LEIA MAIS: Prefeitura reforça alerta sobre roçagem de terrenos, em Apucarana

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O levantamento é feito com base em amostras coletadas nos focos do mosquito e aponta a quantidade de larvas do Aedes aegypti encontradas. O chefe da 16ª RS de Apucarana, Marcos Costa, explica que, considerando os indicadores do Ministério da Saúde, até 1% representa baixo risco de infestação, até 3,9% médio risco e acima de 3,99% alto risco de epidemia, o que causa preocupação e gera alerta nos municípios com alta no índice. “Verificando os índices percebemos que houve aumento em quase todos os municípios, alguns até consideráveis. No entanto, estamos em um período em que as larvas realmente aumentam por conta das chuvas e do calor. Mas os municípios têm que trabalhar em cima para baixar esses índices para não ocorrer epidemia”, analisa Costa.

O prefeito de Marumbi, Adhemar Rejani, ficou surpreso com a alta na infestação do mosquito e preocupado diante do risco de uma nova epidemia. No ano passado, o município enfrentou um surto de dengue que começou em janeiro e se estendeu até maio. “Temos feito campanhas, visitas domiciliares, limpeza de terrenos além de orientar a população sobre o que fazer. Mas temos que tomar novas medidas para frear essa infestação”, assinala o prefeito.

Para o secretário Municipal de Saúde, André Campitelli o maior problema é conseguir eliminar os focos do mosquito que estão espalhados pela cidade. Outro obstáculo enfrentado pela saúde municipal é o descaso e a falta de preocupação da população com a doença. “A gente faz um trabalho intensivo de prevenção, mas é bem difícil porque a população está bem desacreditada, não tem vontade de ajudar. Teve casas que foram notificadas no ano passado, com morador que pegou dengue e ficou mal, e mesmo assim o local voltou a ter foco do mosquito”, destaca.

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Entre as ações que devem ocorrer para frear a proliferação do vetor da doença está um mutirão de limpeza que deve ser realizado com apoio da ONG Patrulha Ambiental. A prefeitura também aplica multa de R$ 102 a moradores que não eliminarem focos de dengue em suas casas, com possibilidade de dobrar o valor em caso de reincidência.

Apesar do alto índice de infestação, Marumbi não registrou nenhum caso confirmado da doença.

Em Cambira, a secretária Municipal de Saúde Ana Lúcia de Oliveira, explica o crescimento no índice de infestação de larvas, que segundo ela, é resultado da combinação de chuva e calor, o ambiente propício para proliferação do mosquito. Para evitar a propagação da dengue – o município tem três casos confirmados da doença – a secretaria ampliou o número de agentes de endemias nas ruas.

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“O trabalho está mais intenso, com mais profissionais nas ruas. Mas o que fez subir o índice é o clima”, reitera.

De acordo com a secretária, os acumuladores são o maior desafio no combate à dengue. Mesmo assim, os agentes seguem com as visitas e orientações. “Temos dois pontos críticos de acumuladores bem difíceis de lidar. Por isso intensificamos as vistorias nesses locais e também nos pontos estratégicos como o cemitério e o pátio de veículos apreendidos na delegacia”, informa.

Na região, nove municípios registraram casos confirmados de dengue: Jandaia do Sul (20), Arapongas (18), Apucarana (10), São Pedro do Ivaí (7), Cambira (3), Bom Sucesso (2), Faxinal (1), Kaloré (1) e Sabáudia (1).

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