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Alerta: Ansiedade infantil cresce na pandemia

A pandemia do novo coronavírus trouxe a ansiedade para a vida de milhares de pessoas. São idosos, adultos e crianças sofrendo em casa, com medo das consequências da Covid-19 e fartas das mudanças que pandemia trouxe em suas rotinas. Quatro crianças, três

Da Redação

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As irmãs Rayssa e Alice ganharam apoio de um animal
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As irmãs Rayssa e Alice ganharam apoio de um animal
Escrito por Da Redação
Publicado em 12.11.2020, 11:02:22 Editado em 12.11.2020, 11:19:41
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A pandemia do novo coronavírus trouxe a ansiedade para a vida de milhares de pessoas. São idosos, adultos e crianças sofrendo em casa, com medo das consequências da Covid-19 e fartas das mudanças que pandemia trouxe em suas rotinas. Quatro crianças, três de Apucarana e uma de Ivaiporã que não se conhecem, têm em comum a busca por uma ajuda especializada para enfrentar esse momento.

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Maria Andreola de 52 anos e a filha Ana Flávia Simões de 11, moram em Ivaiporã. Elas ficaram vinte e um dias se vendo apenas de longe. A mãe precisou interromper o isolamento para voltar a trabalhar. Com medo de contrair a doença e passar para a filha e para os avôs, ela adotou o isolamento como medida de segurança, o distanciamento. A situação gerou grandes crises na garota.

“A pandemia me trouxe um sentimento muito diferente. Me afastei dos colegas, não pude ficar com meu pai. Minha mãe chegava eu fica longe, teve um tempo que ela começou a trabalhar fora e eu fiquei na casa dos meus avós. Foi muito difícil ficar longe. Difícil também foi ficar longe dos meus amigos, sinto muita falta desse contato físico. Eu ainda tenho asma e convivo muito com os meus avós, então tive muito medo da minha mãe trazer o covid para casa. Eu fiquei muito ansiosa, não sabia o que ia acontecer”, relata Ana Flávia.

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Maria conta que, assim como a filha também ficou ansiosa. “Tive que procurar ajuda psicológica também. Nunca ficamos um período tão grande longe uma da outra. Eu tive muito medo de trazer o vírus para casa. Agora chego em casa, nada de abraço antes do banho”, disse a mãe.

Kelly Cristina Miquellão também levou o neto, Estavan Miquellão de oito anos, para receber acompanhamento psicológico. O menino começou a demonstrar ansiedade por estar em isolamento. “Ele nunca foi uma criança de dar trabalho, mas com a pandemia, ficando isolado, ele chorava, reclamava. Começou a ter crises de ansiedade e vi que ele precisava de uma ajuda, estou tentando fazer o que eu posso, estamos caminhando ao ar livre e ele se abriu muito para a psicóloga”, detalha.

Pet para ajudar a aliviar o estresse

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Já as irmãs de Apucarana Rayssa Berasso, de 10 anos, e Alice (5), além da ajuda especializada, contam também com a animal. A mãe delas, a professora Daniele Leiroz Bertasso deu um cachorrinho para as duas, o que tem ajudado muito.

“De repente tudo mudou. De um dia para o outro as crianças ficaram em casa, foram arrancadas da rotina, com a ameaça de um inimigo invisível. Achávamos que era um período pequeno”, conta a professora.

Daniele contra que procurou uma psicóloga para mostrar um caminho, como agir diante de toda a mudança de comportamento das filhas. “As ver elas estressadas ansiosas por causa desse isolamento, cedemos e presenteamos elas com animal de estimação. A presença do cachorrinho tornou-se então uma distração e uma diversão. Confiamos nelas novos compromissos e novas responsabilidades. Os celulares também foram esquecidos com a chegada do pet”, ressalta.

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A professora ainda deixou uma dica para os pais que estão vivenciando o mesmo que elas. “Como professora, a dica mais importante que poderia estar dando para outros pais é estar presente o máximo possível, muito diálogo e muita atenção. Enfim incluir na rotina dos pequenos atividades que favoreçam o desenvolvimento deles, e vale destacar a importância da busca pela ajuda psicologia para orientar a readequar essa nova rotina”, orienta.

Ajuda especializada é fundamental

A psicóloga Lourdes da Conceição Cruz destaca que tem acompanhado o aumento na busca de casos relacionados a ansiedade severa envolvendo crianças. “Atendia poucas crianças. Meu público era mais de adultos, idosos e percebi o quanto os pais estão preocupados. Essa ajuda é essencial, estudar em casa é diferente. A pandemia gerou transtorno alimentar, de humor, deixou crianças tristes. Falta de atenção, carinho, afeto, pois as crianças estão em casa e os pais voltaram para rotina”, esclarece psicóloga

A profissional ainda observa que aumentou a dependência em redes sociais, jogos eletrônicos e que é preciso ficar em alerta ao comportamento das crianças. “A procura por ajuda parte dos próprios pais que percebem as alterações de comportamento das crianças, a rotina totalmente desestabilizada, elas não tem essa visão de mudança. Percebi que a covid veio para deixar também alguns aprendizados, passamos a pensar o que é importante mesmo para nós, focar em nossos sentimentos emoções”, finaliza.

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