Em uma entrevista ao podcast Mano a Mano, do cantor e apresentador Mano Brown, 51 anos, a cantora Ludmilla, de 26, falou sobre assuntos referentes a sua vida, como, por exemplo, críticas racistas que já recebeu no começo de sua carreira.
"Minha música estourou eu tinha 17 anos, a Fala Mal de Mim. Quando comecei a fazer cirurgia plástica, a primeira que eu fiz foi pra começar a ser aceita. No clipe não dá pra enxergar muito quem está cantando. Foi mais a voz, não a aparência. Muito contratante contratava, chegava no show e as pessoas viam quem era a MC Beyoncé [pseudônimo que ela usava no começo da carreira]. Falavam do meu nariz, da minha perna, do meu cabelo, e eu cantando e ouvindo aquilo", relata a cantora.
"A gente aprendeu na escola que preto era feio, que cabelo crespo era horrível, que nariz largo é horrível, que beição grande era feio. Antigamente a gente não falava sobre racismo assim, abertamente, em todo lugar com as pessoas, aí, então a gente ia vivendo e esse era o certo", contou ela, que falou como encontrou na música um porto seguro em meio ao preconceito.
"Com o tempo, eu fui aprendendo, pegando posse, reforçando e cuidando mais de mim porque sabia que tinha mais gente se guiando pelos meus passos. Eu vivo e respiro música. Ninguém sabe disso, nunca falei isso em nenhuma entrevista. Mas, o tempo todo eu estou escutando música, compondo, pesquisando, escutando a história de alguém para me inspirar. É o tempo inteiro. Eu sou muito musical, eu amo o que eu faço", ainda disse Lud.
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