A atriz Klara Castanho utilizou as redes sociais para dizer que está retornando ao trabalho. Na noite dessa terça-feira (2), a jovem publicou alguns stories em seu perfil do Instagram, onde agradeceu "todo o amor, carinho, cuidado e acolhimento" que recebeu após ter sua revelada para o público sem a sua autorização.
Durante o mês de junho deste ano, Klara escreveu uma carta aberta em que contou que foi vítima de um estupro, engravidou por conta desse abuso e optou pela entrega voluntária da criança para adoção.
"Eu estou retomando e retornando um pouco às redes sociais. Eu voltei a trabalhar, eu estou em início de processo do 'De volta aos 15'", contou nos stories. "Eu e minha família, a gente está se recuperando, recuperando a nossa força, a gente está vivendo um dia após o outro", disse.
Através das redes sociais, Klara também falou sobre seu papel na segunda temporada da série "Bom dia, Verônica", que lançou na madrugada desta quarta-feira (3).
"A Angela é muito importante para mim, e espero que vocês a recebam muito bem. E eu quero muito saber o que vocês acham. É um trabalho que eu me orgulho muito. E espero que vocês gostem. Muito obrigada."
Mais detalhes sobre o caso
Em um longo desabafo, Klara Castanho destacou que, embora seja uma pessoa pública, sempre prezou por manter sua vida afetiva longe dos holofotes. Entretanto, após ter a privacidade violada por terceiros, decidiu explicar o que aconteceu.
Conforme detalhou, ela foi estuprada e optou por não denunciar o caso às autoridades por sentir "vergonha e culpa", além de acreditar que, ao "fingir" que o episódio não aconteceu, "talvez esquecesse".
Na ocasião em que foi abusada, a atriz diz que tomou pílula do dia seguinte e realizou alguns exames clínicos. Passado algum tempo, se sentiu mal e foi ao médico. Foi então que descobriu a gravidez e quando teve início um novo suplício, não apenas por ter que carregar o fruto de uma violência sexual, mas também por ter sido destratada pelo profissional que a atendeu, que não foi empático com sua dor, mesmo após revelar que foi estuprada.
Incapaz de criar um filho fruto de um estupro, Klara Castanho optou pela doação do bebê que gerou e fez todos os procedimentos legais, conforme ordena as leis brasileiras para esse tipo de situação. Entretanto, quando teve a criança, ela diz ter sido ameaçada por uma enfermeira, que quis levar o caso a público por meio da imprensa.
Castanho diz ainda que não demorou para que jornalistas passassem a procurá-la, ainda no hospital, para questionar sobre a gravidez e a adoção, mas, ao explicar para eles que o filho foi fruto de uma violência, os repórteres se comprometeram em não publicar matéria a respeito. Até que o assunto ganhou força nas redes sociais.
"A verdade é dura, mas essa é a história real. Essa é a dor que me dilacera. No momento, eu estou amparada pela minha família e cuidando da minha saúde mental e física. Minha história se tornar pública não foi um desejo meu, mas espero que, ao menos, tudo o que me aconteceu sirva para que mulheres e meninas não se sintam culpadas ou envergonhadas pelas violências que elas sofram. Entregar uma criança em adoção não é um crime, é um ato supremo de cuidado. Eu vou tentar me reconstruir, e conto com a compreensão de vocês para me ajudar a manter a privacidade que o momento exige. Com carinho, Klara Castanho."
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