O ex-BBB Felipe Prior é réu em mais um processo pelo crime de estupro após a Justiça de São Paulo aceitar uma nova denúncia do Ministério Público (MP) contra ele. Ele já foi condenado a oito anos de prisão em regime semiaberto, quando precisa apenas dormir na cadeia, por outro estupro cometido em 2014 (leia mais abaixo), mas ainda pode recorrer da decisão.
Na semana passada, o Ministério Público fez suas considerações finais — a etapa final do processo em que as partes expõem seus argumentos antes da decisão judicial. A defesa do acusado ainda não se pronunciou.
Segundo as alegações finais apresentadas na última quarta-feira (11), durante uma viagem em fevereiro de 2015, na cidade de Votuporanga, interior de São Paulo, Prior forçou relação sexual com a vítima dentro de uma barraca.
"No dia dos fatos, o acusado passou a beijar e a passar as mãos pelo corpo da vítima quando estavam na piscina, na presença de outras pessoas, o que deixou a ofendida constrangida, de modo que saíram dali e foram para uma barraca", narra o Ministério Público.
Segundo a vítima e depoimento de testemunhas, Prior interrompeu a ação quando ouviu que uma amiga da ofendida estava indo em direção ao local da agressão. Nesse momento, ela teria conseguido empurrar o acusado e se livrar da violência.
Em depoimento, Felipe Prior afirmou ter tido relação sexual com a vítima, mas negou que empregou violência e afirmou que a relação sexual foi com consentimento da vitima.
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Argumentos do Ministério Público
"Não obstante, a materialidade, ou seja, a existência do fato, assim como a autoria, ficou demonstrada pela prova oral coligida, especialmente pelo seguro depoimento da vítima e pelo interrogatório do réu, que não negou ter mantido conjunção carnal com a vítima", destacou o Ministério Público.
"O réu tenta fazer crer que a vítima teria inventado os fatos porque ficou enciumada por ele ter ficado [com outra mulher] no mesmo dia e até o final do evento carnavalesco. [...] os fatos somente foram revelados pela ofendida anos após o ocorrido, depois que a vítima tomou consciência efetiva de que tinha sido vítima de estupro e que não teve qualquer culpa pelo ocorrido. Se ela quisesse inventar os fatos para prejudicar o réu, por ter se sentido enciumada, ela teria feito isso naquela oportunidade".
"Inventar fatos tão graves, por razões tão banais, não parece condizer com a personalidade da vítima. [...] Os fatos somente foram revelados pela vítima às autoridades após ela saber que o réu tinha praticado fatos semelhantes com outras mulheres, inclusive, valendo-se do mesmíssimo modus operandi", escreveu o promotor.
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Caso de 2014
Na última terça-feira (10), o Tribunal de Justiça de São Paulo aumentou a pena de Felipe Prior em outro caso em que ele foi condenado pelo crime de estupro. Em uma decisão unânime, os desembargadores decidiram que o acusado deverá cumprir 8 anos de pena no regime semiaberto.
Conforme o relato do processo, Prior supostamente teria oferecido carona à vítima e a uma amiga depois de uma festa de faculdade em agosto de 2014.
Depois de deixar a outra colega em sua residência, Prior tomou em direção à casa da vítima;
Em uma rua próxima à residência da vitima, Prior teria começado a beijá-la, passar a mão em seu corpo e puxado a vítima para o banco traseiro;
Prior, então, teria dado inicio a violência sexual, que não conseguiu oferecer nenhum tipo resistência pois estava sobre efeito de álcool.
Com informações g1
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