Ano a ano os procedimentos cirúrgicos com o intuito de diminuir a obesidade têm crescido no Brasil. Entre 2011 e 2018, por exemplo, houve um acréscimo de 84,73% no número de cirurgias bariátricas no país, conforme dados da SBCBM (Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica).
Diante da popularidade que a cirurgia bariátrica alcançou em território nacional e as novas tecnologias que facilitam o procedimento, há outra técnica relacionada à intervenção cirúrgica contra a obesidade e que tem estado em pauta na endocrinologia: a cirurgia metabólica. Contudo, faz-se necessário entender a diferença entre ambas para, enfim, entender a linha tênue que as separa.
Compreendendo as diferenças entre os tipos de cirurgia
A cirurgia bariátrica é recomendada para o paciente obeso que precisa perder peso e também melhorar sua qualidade de vida em relação às doenças associadas, como hipertensão e os problemas do coração.
Já a cirurgia metabólica é indicada especificamente para o paciente diabético descompensado grave, mas que também é obeso.
“A pessoa tem o Índice de Massa Corporal entre 30 e 35, vive com diabetes acompanhada há pelo menos 10 anos, é insulinodependente, toma todas as medicações, porém, a doença se mantém alterada sempre. Ou seja, não há o controle adequado para o diabetes, do tipo 2”, explica o Dr. Wanderson Gonçalves.
Principais benefícios
Quando se pensa em cirurgia metabólica, o procedimento mais adequado é o Bypass. Nem o Sleeve, muito menos as outras técnicas são indicadas, como a Scopinaro, já que essa última opção seria muito deletéria para o paciente obeso (sendo que nesse caso o mesmo não é mórbido).
O resultado, além do emagrecimento seria a diminuição da resistência insulinica, já que a mesma consegue agir de forma mais adequada no corpo do paciente.
“Tanto que alguns pacientes deixam de ser insulinodependentes. Acabam indo somente para a medicação via oral. Claro que é difícil achar um paciente que encerra o uso da medicação, mas pode acontecer. Porém, o principal benefício é o controle da diabetes, do qual o paciente não tinha antes”, exemplifica o médico.
Há ainda a diminuição das microangiopatias, as chamadas doenças dos vasos periféricos. Sabe-se que o paciente diabético perde a sensibilidade nos dedos, tanto dos pés quanto das mãos. Sendo assim, qualquer batidinha na parede, na quina de algum móvel, pode resultar numa lesão elevada à angiopatia, ou seja, à necrose e até amputação dos dedos.
Outro benefício acentuado é a prevenção da retinopatia diabética, já que o problema de visão é um assunto temido e preocupante entre os diabéticos.
“A cirurgia pode impedir inclusive a insuficiência renal por conta da diabetes. É que, junto ao descontrole da glicemia, o diabetes passa a agir como uma doença vascular ao longo do tempo”, acrescenta o Dr. Wanderson Gonçalves.
Os benefícios são muitos. Contudo, para o sucesso do procedimento é fundamental que o paciente tenha uma mudança no estilo de vida e adesão aos hábitos saudáveis como alimentação adequada e exercícios físicos.
Dr. Wanderson Gonçalves – CRM 175640
O Dr. Wanderson Gonçalves é médico especialista em cirurgias minimamente invasivas, um dos médicos mais reconhecidos que atuam em cirurgia do aparelho digestivo em SP, aplicando cirurgias videolaparoscópicas do aparelho gastrointestinal, incluindo cirurgias oncológicas.
Acesse o site: www.wgacirurgiageral.com.br
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