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“Boate Azul” completa 60 anos; saiba a história da música

Composição foi feita em 1963 no PR e inspiração surgiu após encerramento de show em boate após morte do papa; diretor quer transformar canção em filme

Da Redação

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Filme inspirado na história da música está em fase de captação de recursos
Icone Camera Foto por (Divulgação)
Filme inspirado na história da música está em fase de captação de recursos
Escrito por Da Redação
Publicado em 07.08.2023, 15:14:09 Editado em 08.08.2023, 20:48:30
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Uma das músicas sertanejas mais conhecidas do Brasil, “Boate Azul” acabou de completar 60 anos. De autoria do músico Benedito Seviero, que morreu em 2016, a letra é entoada em todo o país e já foi regravada por inúmeros artistas, como Bruno e Marrone, Milionário e José Rico, César Menotti e Fabiano e Reginaldo Rossi, entre outros. Um projeto, em fase de captação de recursos, quer transformar a canção em filme, com lançamento previsto para 2025.

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A letra foi composta na madrugada de 3 de junho de 1963 em uma boate de Apucarana, no Norte do Paraná. Embora nada santa, a letra foi inspirada em um fato histórico religioso: a morte do papa João XXIII, que ocorreu justamente naquele dia. Natural de Trabiju (SP), Benedito Seviero contou em várias entrevistas a história da música.

Segundo o compositor, ele estava na casa noturna "Blue Night", de Apucarana, acompanhado do cantor José Lopes, que faria um show no local. A apresentação, no entanto, foi cancelada por conta da morte do papa horas antes. “A polícia proibiu a apresentação em respeito à morte do papa, mas os frequentadores estavam todos de ‘fogo’ e não queriam ir embora. Eles ficaram lá sem saber para onde ir, bêbados. Foi inspirado naquela cena que, três meses depois, resolvi escrever ‘Boate Azul’”, contou o compositor em entrevista ao jornal Tribuna do Norte, de Apucarana, em 2012. Leia a reportagem na íntegra aqui.

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 Benedito Seviero compôs a letra durante passagem por Apucarana (PR)
Foto por (Reprodução)
Benedito Seviero compôs a letra durante passagem por Apucarana (PR)


A música tem a parceria do compositor Aparecido Tomás de Oliveira, que fez a melodia. Apesar de composta em1963, a canção foi censurada pelo regime militar e teve sua distribuição proibida em 1964, quando seria lançada. A música acabou liberada apenas em 1982, quando foi gravada originalmente pelo grupo “Os Amantes do Luar “. Em 1985, a dupla Manoelito Nunes e Nazaré regravou a canção. No entanto, as duas primeiras versões não alcançaram sucesso.

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Ainda em 1985, “Boate Azul” foi novamente gravada, desta vez, por Joaquim e Manuel. Foi quando obteve sucesso nacional e garantiu à dupla um disco de ouro.

FILME

Seis décadas depois, o cineasta de Apucarana (PR), João Gabriel Kowalski, lançou um projeto para transformar a famosa música composta na sua cidade natal em filme. Ele é um dos autores do roteiro, que prevê gravações na cidade e participações especiais, como da dupla César Menotti e Fabiano, que já morou também em Apucarana.

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“Estamos captando recursos para o projeto, apresentando (a ideia do filme) para empresas da região que queiram patrocinar”, afirma João Gabriel Kowalski, que estudou cinema na UCLA em Los Angeles (EUA) e dirigiu vários curtas-metragens e, 20250, o seu primeiro longa “Fora de Cena”.

Apesar de animado com a produção, ele afirma que a expectativa é iniciar as gravações em 2014 e o promover o lançamento em 2025.

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Veja a letra

Boate Azul

Doente de amor procurei remédio na vida noturna
Como uma flor da noite em uma bote aqui na zona sul
A dor do amor é com outro amor que a gente cura
Vim curar a dor deste mal de amor na boate azul
E quando a noite vai se agonizando no clarão da aurora
Os integrantes da vida noturna se foram dormir
E a dama da noite estava comigo também foi embora
Fecharam-se as portas sozinho de novo tive que sair

Sair de que jeito, se nem sei o rumo para onde vou
Muito vagamente me lembro que estou
Em uma boate aqui na zona sul
Eu bebi demais e não consigo me lembrar se quer
Qual é o nome daquela mulher
A flor da noite da boate azul

E quando a noite vai se agonizando no clarão da aurora
Os integrantes da vida noturna se foram dormir
E a dama da noite que estava comigo também foi embora
Fecharam-se as portas sozinho de novo tive que sair

Sair de que jeito, se nem sei o rumo para onde vou
Muito vagamente me lembro que estou
Em uma boate aqui na zona sul
Eu bebi demais e não consigo me lembrar se quer
Qual é o nome daquela mulher
A flor da noite da boate azul

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