O Governo do Estado, através da Secretaria de Saúde (Sesa), confirmou nesta sexta-feira (04) a ativação de 45 novos leitos específicos para o tratamento da Covid-19 na região já a partir de hoje. As novas vagas serão ativadas no Hospital Norte do Paraná (Honpar) de Arapongas, que recebe mais 30 leitos e no Hospital da Providência de Apucarana, que recebe mais 15 leitos.
No mesmo dia, o Honpar chegou a lotação máxima da ala Covid, com 100% das vagas ocupadas tanto na área clínica quanto na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Com isso, alguns pacientes que chegaram ao local precisaram procurar outros hospitais da região.
A partir de sábado (05), o hospital volta a contar com o número de leitos que funcionavam desde o início da pandemia, ou seja, 20 na UTI e 30 na enfermaria. O número de leitos no Honpar havia sido reduzido para 10 enfermaria e 10 UTI desde o dia 01 de novembro, devido a baixa no número de casos da doença na região. Agora, com a nova aceleração de casos, os leitos estão sendo retomados.
O Hospital da Providência conta hoje com 25 leitos clínicos na enfermaria e 14 na UTI. Com a nova contratação da Sesa, o número de leitos clínicos vai para 40, um incremento de 15 novos leitos. No caso da UTI, a Sesa poderá disponibilizar até 5 novos leitos, mas ainda depende de um parecer do hospital, que precisa formar equipes aptas a trabalhar no atendimento.
Essa decisão deverá ser anunciada na próxima semana. Até a sexta-feira (04), a taxa de ocupação na enfermaria do Hospital da Providência era de 88%. A ocupação UTI estava em 85,7%.
Para o chefe da 16ª Regional de Saúde (RS) de Apucarana Altimar Carletto, o governo do estado não tem medido esforços para que não haja um colapso na rede de atendimento. “Os casos estão elevados e aumentando a cada dia, mas o processo de liberação de leitos é imediato e temos feito um esforço fora do comum para que não haja colapso, mesmo assim, precisamos contar com o apoio da população, para que tomem todos os cuidados e evitem aglomerações”, pontuou Carletto.
Ele afirmou ainda que o cumprimento dos decretos estabelecidos pelo governo deve se somar aos esforços de todos para a diminuição da propagação do vírus. “Estes decretos que estabelecem o toque de recolher para evitar aglomerações e consumos de bebidas alcóolicas durante a madrugada são de extrema importância para frearmos o contágio. Daqui a 10 ou 15 dias vamos ver os resultados deste esforço. Mas é imprescindível que a população se una a nós em relação aos cuidados que precisam ser tomados, principalmente evitando aglomerações”, disse.
Jornal Tribuna do Norte
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