Com 90% da área colhida, a safra 2019/2020 do feijão das secas (2ª safra) nos 15 municípios do Núcleo Regional da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab) de Ivaiporã vai se confirmando como a menor safra na história da leguminosa na regional. Tanto pela queda da área de plantio, como pelas perdas com problemas climáticos.
Conforme o engenheiro agrônomo Sergio Empinotti do Departamento de Economia Rural (Deral), nesta temporada o feijão ocupou apenas 1.8 mil hectares. “A cada novo levantamento de áreas plantadas, o plantio da cultura diminui um pouco mais. Os baixos preços de mercado em algumas temporadas até menor que o custo de produção e problemas climáticos desestimularam os produtores da regional. Hoje a prioridade da região é soja, criou-se uma infraestrutura para a soja que tem um preço mais garantido e dá uma melhor rentabilidade”, relata.
Empinotti lembra que a regional chegou a ser o maior produtor de feijão carioca do Brasil com aproximadamente 70 mil hectares de área plantada na 1ª safra e 25 mil hectares na 2ª safra. “A cultura migrou para o Centro-Oeste do Brasil que trabalha em áreas de irrigação com alta produtividade e custo menor para os compradores. Atualmente a nossa produção é basicamente para o consumo da região”, comenta Empinotti.
A colheita que está em fase final e deve ser concluída nos próximos dias, aponta também para queda de produtividade de 25%. “O resultado não foi muito bom porque houve contratempos com o clima. Além da estiagem tivemos temperaturas frias que atrapalhou no desenvolvimento e na granação da cultura”.
A 2ª safra do feijão deve fechar com média de 1.5 mil quilos por hectare, a média da regional é 2 mil quilos/ha.
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