A greve dos caminhoneiros entrou, nesta quarta-feira (30), ao 10º dia nas rodovias do Paraná. Os bloqueios de rodovias também acontece em outros estados.
Há 183 pontos de protestos nas estradas estaduais, de acordo com a Polícia Rodoviária Estadual (PRE). O balanço foi atualizado pela PRE às 6h10.
Já nas estradas federais há 84 pontos de protestos. Em Califórnia, uma decisão judicial obrigou os caminhoneiros a liberarem a BR-376, mas o bloqueio da passagem de caminhões com combustíveis é mantido.
A Secretaria da Segurança Pública (Sesp) do Paraná afirmou que todas as forças policiais do Paraná estão integradas para “restabelecer a normalidade” e combater supostos crimes nas manifestações por supostas pessoas infiltradas. Entre eles, está até mesmo a denúncia de cárcere privado, em que caminhoneiros estariam sendo impedidos de sair da greve.
O Aeroporto de Londrina, na região norte do estado, está com falta de combustível. A informação foi divulgada pela Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) na noite de terça-feira, às 23h. O Aeroporto de Foz do Iguaçu, no oeste, ficou sem combustível na terça.
Bloqueios mantidos
Apesar do governo estadual ter afirmado que o transporte de combustível foi liberado em todo o Paraná e o governo federal ter fechado um acordo para reduzir o preço do diesel, os caminhoneiros da região afirmam que o produto continuará a ser liberado apenas para equipes de segurança e serviços de emergência, como polícias e ambulâncias.
Apesar do governo estadual ter afirmado que o transporte de combustível foi liberado em todo o Paraná e o governo federal ter fechado um acordo para reduzir o preço do diesel, os caminhoneiros da região afirmam que o produto continuará a ser liberado apenas para equipes de segurança e serviços de emergência, como polícias e ambulâncias. Por outro lado, os efeitos da greve se intensificam, com a Viação Apucarana Ltda. (VAL) reduzindo em um dia a expectativa de manter o transporte público. Com isso, hoje pode ser o último dia com o serviço no município.
De acordo com o caminhoneiro André Gustavo Pereira, um dos coordenadores da manifestação na região, não houve acordo entre os grevistas e o governo. “Há muito boato. Muita coisa tem sido falada e não é verdade. O combustível tem sido liberado apenas para veículos oficiais, como polícias, bombeiros e ambulâncias”, afirma.
Segundo ele, caminhões com produtos perecíveis e cargas especiais, como ração para aviários, também têm sido liberados. “Vamos continuar com as manifestações. O governo tem discutido o diesel, mas não fala nada da gasolina. Eles ainda não entenderam que esta não é uma manifestação apenas dos caminhoneiros. Ela virou uma mobilização de todo o povo”, destaca.
Mauri da Silva é caminhoneiro há oito anos. Ele é de Curitiba, mas está parado na manifestação de Califórnia. “Ficar longe de casa é ruim, mas o apoio das pessoas aqui tem sido muito bom. Agora que começamos, temos que ficar até o fim”.
Manifestação
Na tarde de ontem, manifestantes saíram as ruas em apoio à greve dos caminhoneiros, em Apucarana. Acompanhados por carreata, os participantes caminharam pela Avenida Curitiba pedindo aos proprietários de estabelecimentos comerciais para que fechassem as portas. Por volta das 17 horas, um caminhão de som estacionou ao lado da Prefeitura Municipal e todos os manifestantes cantaram o hino nacional.
Bloqueios na região
Conforme as polícias rodoviárias Federal (PRF) e Estadual (PRE), divulgados ontem, são ao todo 253 pontos de bloqueio no Estado. Na região, o quadro permaneceu inalterado ontem, com seis bloqueios em rodovias estaduais em Arapongas; Jardim Alegre, Manoel Ribas, São João do Ivaí, São Pedro do Ivaí e São João do Ivaí e Cândido de Abreu e cinco pontos nas rodovias federais: três na BR-376 (Califórnia, Mauá da Serra e Ortigueira); e dois na BR-369, em Arapongas
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