Dezoito pessoas atualmente investigadas um dos inquéritos da Operação Quadro Negro, que mira um esquema que desviou R$ 20 milhões da construção e reforma de escolas, começam a ser ouvidas pela Polícia Federal (PF) a partir desta quinta-feira (1º).
Entre essas pessoas estão Deonilson Roldo, Ezequias Moreira, e Ricardo Rached, assessores próximos ao governador Beto Richa (PSDB).
De acordo com o delator e dono da Construtora Valor, Eduardo Lopes de Souza, o trio ajudou na arrecadação de dinheiro de caixa dois para a campanha de reeleição de Richa em 2014. Eles fazem parte do inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) que apura se autoridades com foro privilegiado participaram dos desvios investigados na operação.
Na delação, Eduardo Lopes também citou o pagamento de propina para o secretário chefe da Casa Civil Valdir Rossoni (PSDB) e para outros políticos do estado com foro privilegiado.
O dono da Construtora Valor declarou ainda no depoimento de delação que o ex-diretor da Secretaria de Educação do Paraná (Seed) Maurício Fanini era um dos principais envolvidos no esquema.
A operação revelou que funcionários da Seed fraudavam medições para dar a impressão de que as obras nas escolas estavam sendo feitas, mas a maioria delas mal tinha começado.
Segundo Eduardo, Fanini era quem mandava fazer as medições falsas porque não poderia faltar dinheiro para a campanha de Beto Richa.
Fanini está preso e também tenta negociar um acordo de delação premiada.
O outro lado
Valdir Rossoni disse que não pode prevalecer a palavra de um bandido e que renuncia o cargo público, se houver alguma prova de irregularidade contra ele.
Deonilson Roldo, Ezequias Moreira, Ricardo Rached e Maurício Fanini preferiaram não se manifestar.
Fonte- G1 Paraná.
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