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Casos de Aids preocupam entre homens com menos de 34 anos

No Dia Mundial contra a AIDS, celebrado hoje, levantamento solicitado pela Tribuna à 16ª Regional de Saúde (RS), de Apucarana, mostra que as notificações de novos casos nos municípios da região estão estabilizadas. Os números apontam, entretanto, a preval

Da Redação

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Testes rápidos para detecção do vírus são ofertados na rede de saúde  (Sérgio Rodrigo)
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Testes rápidos para detecção do vírus são ofertados na rede de saúde (Sérgio Rodrigo)
Escrito por Da Redação
Publicado em 01.12.2017, 13:50:00 Editado em 01.12.2017, 13:53:16
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No Dia Mundial contra a AIDS, celebrado hoje, levantamento solicitado pela Tribuna à 16ª Regional de Saúde (RS), de Apucarana, mostra que as notificações de novos casos nos municípios da região estão estabilizadas. Os números apontam, entretanto, a prevalência da doença entre o público jovem e também entre homens. Nos últimos três anos, 244 novos pacientes foram diagnosticados, sendo os homens 68% das vítimas. No mundo, segundo a UNAids, programa da Organização das Nações Unidas (ONU) para combater a doença, 36,7 milhões de pessoas tem o vírus da Aids.

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Ainda de acordo com o levantamento da 16ª RS, o vírus HIV/Aids atinge principalmente os jovens. No período analisado, que é de janeiro de 2015 a 30 de novembro de 2017, 6% das vítimas tinham entre 15 a 19 anos, o percentual representa 15 pessoas. A faixa etária entre 20 a 34 anos concentra a maior incidência de diagnósticos, 45% do total de casos, o que corresponde a 112 pessoas. Na sequência, entre 50 a 64 anos, foram diagnósticos 35 casos, representando 14% das notificações. O público com menor incidência está entre 65 a 79 anos, com 8 casos, e 3% das situações.

Apesar do índice menor nas faixas etárias mais avançadas, a enfermeira Anelize Helena Brizola, da Seção de Vigilância Epidemiológica, da 16ª RS, observa que os casos entre pessoas que estão na terceira idade tem aumentado nos últimos anos. “Os dados nos últimos anos mostram que o vírus não está restrito a grupos específicos, como era comum associar antigamente. Não são somente homossexuais, usuários de drogas e profissionais do sexo que estão expostos ao vírus”, ressalta.

A causa, segundo a profissional de saúde, é quase sempre a mesma: relações sexuais sem proteção e compartilhamento de seringas, para uso de drogas. “Muito é falado sobre sexo seguro, mas poucos adotam essa prática, porque acreditam que o vírus HIV está presente somente entre os grupos de risco, o que não é verdade”, reforça, observando que o uso do preservativo é imprescindível não só para  proteger do vírus da Aids, mas também de outras doenças sexualmente transmissíveis.

A enfermeira orienta quem fez sexo sem usar preservativo que faça o teste rápido, que detecta a contaminação pelo vírus. O resultado fica pronto em 30 minutos. “A detecção precoce é essencial para impedir que o vírus continue se multiplicando no organismo levando ao desenvolvimento da Aids, que é o estágio da doença. Neste estágio, o corpo está praticamente sem defesa”, sublinha.

Anelize frisa que o tratamento, que é ofertado gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), permite ao paciente que tenha qualidade de vida. “Além disso, ao procurar atendimento, a pessoa encontra suporte multiprofissional para lidar com o diagnóstico. As equipes são compostas por médicos, enfermeiros, assistentes sociais e psicólogos”, pontua.

O acompanhamento, na avaliação da enfermeira, é importante para o paciente não só aprender os cuidados para conseguir ter qualidade de vida, mas também se preparar para lidar com situações de preconceito. “Infelizmente, ainda existe muita desinformação sobre HIV/Aids, o que leva ao preconceito. Por outro lado, temos investido na capacitação dos profissionais de saúde, justamente, para prestar melhorar o atendimento”, diz.

 
ARAPONGAS
Ontem, das 21h à 1 hora, a Secretaria de Saúde realizou testes de HIV/Aids, através de um posto avançado, instalado na parte interna da Rodoviária Municipal de Arapongas. A ação faz parte das atividades alusivas ao Dia Internacional de Combate à Aids.

Os testes rápidos podem ser feitos na maioria das Unidades Básicas de Saúde.

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