Está sendo julgado nesta sexta-feira, em Ivaiporã, o ex-artista de circo Miraldo Morais Pedreira, 34 anos. Ele é acusado pelo crime de feminicídio e ocultação de cadáver da ex-esposa, Carina Teixeira, de 29 anos.
Miraldo confessou o assassinato logo após a Polícia Civil ter encontrado o corpo da vítima enrolado por um colchão de espuma e uma lona plástica, dentro de uma fossa no sítio dele, na localidade de Cinco Encruzo, após 18 dias do assassinato. O caso gerou grande comoção popular.
Carina foi vista pela última vez no dia 25 de agosto em 2016, quando deixou um filho de três anos na creche Paulo Freire. O carro que ela dirigia, um Volkswagen Gol, foi localizado abandonado pela PM quatro dias depois, em Jardim Alegre.
No inquérito, Miraldo deu detalhes da sequência de fatos que levaram a morte de Carina. Porém a forma como o crime teria ocorrido não ficou esclarecida.
Ele alegou que discutiu com a ex-mulher e que a empurrou na fossa e a vítima teria morrido na queda. O delegado do caso, Gustavo Dante, não acredita no depoimento, uma vez que o corpo de Carina estava envolto por um colchão quando foi encontrado.
O delegado Gustavo Dante aponta que a investigação produziu inúmeras provas e há elementos suficientes que permitem afirmar que Miraldo premeditou o crime. “A Carina foi vítima de uma pessoa com mente totalmente deturpada, que se achava dono dela e não aceitava o fim do relacionamento. Não se pode permitir este tipo de comportamento numa sociedade civilizada”, assinala Dante.
Tribunal do Júri
A sessão do Tribuna do Júri é presidida pela juíza Adriana Marques dos Santos, a partir das 9 horas. A acusação está a cargo do promotor de justiça Guilherme Schimin e a defesa do réu é feita pelo advogado Alikan Zanotti.
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