Vereadores de Apucarana discutiram os problemas que envolvem a destinação de lixo em Apucarana. Representantes da Cooperativa dos Catadores de Apucarana (Cocap) e da empresa Costa Oeste foram sabatinados na sessão de ontem da Câmara. Em busca de alternativas para quitar dívidas, melhorar o rendimento dos associados e a qualidade do material coletado, a cooperativa inicia amanhã um projeto piloto na região da Vila São Carlos, que visa aumentar a coleta de material reciclável.
O interventor Antônio Roberto Nogueira, que está à frente da Cocap nos últimos seis meses por determinação da 2ª Vara da Fazenda Pública de Apucarana, explica que voluntários vão visitar as residências, da Vila São Carlos, e fazer o cadastramento das famílias que tenham interesse em participar da coleta seletiva. “Depois de fazer o cadastro, as famílias vão receber orientação de como fazer a separação de todo material reciclável, que deverá ser feito numa sacola especial do projeto”, diz.
O cadastro será feito por cerca de 40 voluntários, da Universidade Estadual do Paraná (Unespar), da Igreja Missionária Unida e da Cáritas, de Apucarana. “Com isso, esperamos aumentar a quantidade de material coletado e também a qualidade, evitando o descarte. Com o projeto piloto também pretendemos identificar falhas antes de expandir para outras regiões da cidade”, diz.
Atualmente, segundo Nogueira, a Cocap recolhe, em média, 240 toneladas de recicláveis, quantidade 20% superior de quando foi iniciada a intervenção. O número de coletores também aumentou, passando de 38 para 45, que são remunerado com salário mínimo.
Nogueira, no entanto, reconhece que o pagamento, apesar de estar normalizado, ainda não é feito no 5º dia útil de todo mês. “Conseguimos pagar os salários atrasados dos colaboradores, mas como o nosso maior contrato é com a Prefeitura de Apucarana, que vence todo dia 15, o pagamento está atrasando um pouco, mas tem sido feito. A nossa meta, a partir de 2018, é normalizar definitivamente os salários”, diz.
Além disso, conforme o interventor, é quitar todas as dívidas da Cooperativa. “Estamos conseguindo quitar mês a mês os fornecedores, mas, de vez em quando, surge uma nova conta a ser paga”, diz.
Costa Oeste questionada
Além da Cocap, a empresa Costa Oeste também foi convocada pelos vereadores na sessão ordinária de ontem. O vereador Gentil Pereira (PV) foi um dos que questionou a empresa. “Estes amontoados de lixo atrapalham. Não há como fazer a coleta de outra maneira?”, perguntou ele. Já o vereador Luciano Augusto Molina (REDE), disse que os sacos de lixo no meio da rua precisam ser coletados mais rapidamente. “É importante que o caminhão de lixo e o coletor que vai à frente juntando os sacos de lixo fiquem mais próximos”, disse.
O supervisor operacional da empresa, Ronaldo Cézar Abreu, afirmou que medidas já estão sendo tomadas para minimizar os problemas. “O amontoamento de lixo em um ponto único da rua é um método realizado por iniciativa dos próprios coletores, visto que este é um trabalho muito duro e desgastante. É uma maneira de facilitar o trabalho para eles e também aumentar a segurança, visto que, assim, eles podem pegar o lixo com mais cuidado. Ainda tem muita gente que coloca cacos de vidro e seringas no lixo sem tomar o devido cuidado”, diz.
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