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Região de Apucarana tem 151 trabalhadores estrangeiros

O Paraná é o terceiro estado com mais imigrantes trabalhando. Em 2016, o estado mantinha 13.833 pessoas de outros países com carteira assinada, atrás apenas de Santa Catarina (14,3 mil) e São Paulo (43,1 mil). Na região de Apucarana, 151 trabalhadores vie

Da Redação

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Região de Apucarana tem 151 trabalhadores estrangeiros
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Escrito por Da Redação
Publicado em 18.11.2017, 08:26:00 Editado em 18.11.2017, 08:29:43
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O Paraná é o terceiro estado com mais imigrantes trabalhando. Em 2016, o estado mantinha 13.833 pessoas de outros países com carteira assinada, atrás apenas de Santa Catarina (14,3 mil) e São Paulo (43,1 mil). Na região de Apucarana, 151 trabalhadores vieram de outros países e atuam em 12 cidades.Os dados são de um levantamento realizado pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico Social (Ipardes), com base nos dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) do Ministério do Trabalho. Desde 2010, o número de imigrantes no Estado aumentou 277%. Em 2010, o Estado tinha um contingente de 3.660 trabalhadores de outros países atuando no mercado de trabalho formal.

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“Temos basicamente dois tipos de imigrantes. Os de países não desenvolvidos vêm tentar a vida aqui, em busca de emprego e condições melhores, como os haitianos. Já um outro grupo vem geralmente transferido de empresas de outros países ou estados. É o caso de engenheiros de montadoras, por exemplo”, diz Julio Suzuki Júnior, diretor- presidente do Ipardes.

Na região, 12 municípios têm trabalhadores de fora do país: Apucarana, Arapongas, Bom Sucesso, Califórnia, Cambira, Faxinal, Ivaiporã, Jandaia do Sul, Mauá da Serra, Rio Bom, Rio Branco do Ivaí e São Pedro do Ivaí. A cidade com mais trabalhadores estrangeiros na região é Arapongas, com 82. A maior parte é haitiana: são 49 pessoas trabalhando legalmente na cidade, provenientes do país centro-americano. A cidade ainda conta com oito portugueses e quatro paraguaios, além de trabalhadores da Argentina, Bolívia, Alemanha, Espanha, Suíça e Índia, entre outros países.Apucarana conta com 44 estrangeiros trabalhando no município, sendo a maioria também haitianos (19). Há ainda cinco paraguaios e quatro japoneses, além de profissionais do Chile, Rússia, Bengala, Chile, Japão e Venezuela, entre outros. Cambira é outra cidade que se destaca. Os 12 estrangeiros que trabalham na cidade são paraguaios.Dentre as nacionalidades menos comuns, há um angolano em Arapongas, um bengalês em Apucarana e outro em Rio Bom, um belga e um suíço, ambos em Arapongas.

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Italiano mora há dois anos em Apucarana e elenca prós e contras do Brasil
Um desses estrangeiros é Armando Fontana, italiano de 62 anos que mora há dois em Apucarana. Ele trabalha como consultor na filial apucaranense de uma fábrica italiana de molas. 

“A primeira impressão que tive do país foi boa. Lá na Itália, as pessoas acham que o Brasil se resume a samba, carnaval, sol e calor. Vim para trabalhar e, quando vi que aqui as pessoas trabalham muito bem, fiquei contente”, disse ele.

No entanto, a situação não se mostrou tão boa depois de algum tempo. “Fiquei espantado com a burocracia. Foi muito difícil conseguir meu visto de trabalho. Precisei inclusive voltar à Itália só para entrar de novo no Brasil e regularizar minha situação. Para tirar a carteira de motorista também foi complicado: demorou seis meses. Outro problema é a segurança. Não fui assaltado, mas me senti com medo de andar na rua em pelo menos três ocasiões. Moro em uma cidade com 5 mil habitantes na Itália e lá não sinto isso”, afirma Armando, que está com retorno marcado para seu país natal. 

Diretor da empresa, o brasileiro Mateus Tonin afirma que a burocracia brasileira dificulta a vinda de mais estrangeiros. “Pessoas com bons currículos e até mesmo com dinheiro para investir no Brasil enfrentam problemas e até mesmo não conseguem entrar no país. Se houvesse uma reforma nessas exigências, o país ganharia muito. Infelizmente, necessitamos de mão de obra estrangeira, já que nossas máquinas são importadas e os técnicos precisam vir para dar cursos e manutenção. Ficamos reféns da burocracia”.

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