Presos são feridos a facadas durante tumulto na cadeia de Grandes Rios

Uma confusão na cadeia pública de Grandes Rios, situada Rua José Monteiro de Noronha, que teve início por volta das 17h30 de quinta-feira (14), resultou em três detentos feridos com golpes de faca. Policiais militares deram apoio rapidamente a um escrivão da Polícia Civil que estava na Delegacia e retiraram os presos feridos do setor carcerário e os encaminharam ao hospital.

No corredor de acesso às celas estavam vários detentos enfurecidos, que hostilizavam os policiais e ainda instigavam outros detentos a agredir trio de feridos. 

No hospital foi constatado que o preso Douglas Jose Periera, de 25 anos, tinha perfurações no antebraço direito e abdômen. Já o detento Marcos Pereira de Assis, de 25 anos, apresentava perfurações tórax, cabeça, ombro esquerdo e duas perfurações nas costas. 

E o preso Wellington de Barros da Silva, 32 anos, apresentava escoriações em ocular esquerdo. Após atendimento médico os detentos foram levados de volta para carceragem, mas separados dos demais presos. O motivo da confusão não foi informado pela polícia.

Mais policiais
No final de agosto, uma decisão liminar proferida pela Vara da Fazenda Pública da Comarca de Grandes Rios atendeu pedido formulado, em ação civil pública, pelo Ministério Público do Paraná e determinou que o Estado do Paraná deverá providenciar o efetivo policial necessário para a adequada guarda e custódia dos presos em turnos ininterruptos na cadeia pública local.

O MP-PR ajuizou a ação civil após inspeção realizada no início deste mês, em que se constatou que, pelo reduzido número de policiais na unidade, no período noturno e nos finais de semana e feriados, a delegacia permanece fechada. Nestes dias, a custódia dos 15 presos fica a cargo de um detento da unidade, considerado “preso de confiança”. Tal situação tem ocorrido desde maio de 2016.

O Ministério Público ressalta na ação que a solução adotada na delegacia implica em riscos à população em geral – tendo, inclusive, sido registrada uma fuga recente da cadeia, em que três presos se evadiram. Além disso, expõe os próprios presos, pois há possibilidade da ocorrência de algum imprevisto, como incêndios ou a necessidade de socorros médicos de urgência.