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Agricultores apostam no cultivo de pitaia em Jandaia do Sul

Foi durante uma viagem ao México que os agricultores Willian Adilson da Costa, 43 anos, e Márcia Cristina Franzini Costa, 37, de Jandaia do Sul, conheceram a pitaia em maio de 2015. De origem asiática e mais comum no Nordeste do Brasil, a fruta de visual

Da Redação

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Agricultores Willian Adilson da Costa, 43 anos, e Márcia Cristina Franzini Costa, 37, de Jandaia do Sul. Foto: Delair Garcia
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Agricultores Willian Adilson da Costa, 43 anos, e Márcia Cristina Franzini Costa, 37, de Jandaia do Sul. Foto: Delair Garcia
Escrito por Da Redação
Publicado em 13.03.2017, 08:39:00 Editado em 13.03.2017, 08:50:00
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Foi durante uma viagem ao México que os agricultores Willian Adilson da Costa, 43 anos, e Márcia Cristina Franzini Costa, 37, de Jandaia do Sul, conheceram a pitaia em maio de 2015. De origem asiática e mais comum no Nordeste do Brasil, a fruta de visual e sabor exótico caiu no gosto do público e virou nova febre em receitas de drinques e sobremesas. De olho neste mercado, o casal resolveu investir na produção da “fruta dragão”.

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Dois meses após descobrirem a existência da fruta e buscando uma alternativa para substituir o cultivo de uva de mesa, o casal conseguiu as primeiras mudas de pitaia com um plantador de Novo Itacolomi. 

“Ele plantava no fundo de casa mesmo. Em menos de um mês as mudas já estavam plantadas. A nossa sorte é que já tínhamos uma estrutura para receber a fruta. Desta forma, o custo foi mais baixo”, recorda Márcia. Willian trabalha há 25 anos na área da agricultura plantando uva e vive com a esposa e os dois filhos, os gêmeos Thaís e Junior, 8 anos, na propriedade rural da família. Atualmente, os agricultores têm 800 pés plantados e 500 produzindo, em um espaço de 7 mil m². A primeira colheita de pitaia, que rendeu uma tonelada, aconteceu em dezembro do ano passado. Ele explica que a planta produz durante o ano inteiro. Geralmente, o casal recolhe frutas a cada 60 dias e a planta floresce quinzenalmente. 

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“Produzimos antes do esperado porque o tempo médio é de 3 anos após a plantação”, comemora Willian. Quando se deu conta de que tinha as frutas prontas, Márcia ficou animada e logo encaixotou as pitaias e saiu em busca de compradores em mercados e quitandas. 

“Alguns comerciantes nunca tinham ouvido falar. Outros compraram tudo o que a gente tinha porque falaram que a procura era grande”, conta a agricultora. Segundo Willian, o preço do quilo da pitaia no comércio varia de R$ 20 a R$ 30, de acordo com cada cidade e da época de colheita. Em alguns locais, a fruta é vendida no valor de R$ 5 a unidade. Já para os produtores, o repasse da fruta é feito a partir de R$ 8 o quilo. 

“É um preço bom”, acredita o agricultor. Márcia conta que a fruta se adaptou bem a terra local e a forma de cultivo é parecida com a da uva. “As plantas ficam suspensas em um suporte de madeira e adaptamos pneus para dar sustentação. Cada fruta geralmente pesa 500 gramas, mas já colhemos pitaia com mais de 800 gramas”, conta a agricultora. Para aprender mais sobre a fruta, o casal viajou para São Paulo para conhecer uma plantação de pitaia maior e aprendeu alguns truques. “É importante podar sempre os galhos e dar espaço para a fruta crescer. Para vender, a pitaia tem que ser bonita e grande, assim como qualquer fruta que vai ao mercado”, conta Willian. 

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O casal de agricultores cultiva dois tipos de pitaia: a roxa e a branca. “Gostamos das duas, mas o mercado pede mais a roxa, dizem que é mais saborosa”, conta Márcia. A dica do casal para o consumo da fruta é que de que ela esteja bem gelada. “Quanto mais gelada, mais doce ela fica”, garante Márcia. Segundo Salvador Moretti, secretário da Agricultura de Jandaia do Sul, o Paraná tem apenas 32 produtores de pitaia cadastrados até o momento. “O cultivo na região ainda é recente. São apenas dois anos de produção”, comentou. O secretário disse que uma associação de produtores de pitaia deve ser criada em breve, para que durante a grande colheita os agricultores tenham suporte. Além disso, Moretti elogia a fruta e torce para que a produção aumente cada vez mais. “Espero que a fruta caia ainda mais no gosto do público, pois é uma fruta saudável, bonita e gostosa”, acrescenta.

Agricultores apostam no cultivo de pitaia em Jandaia do Sul
Foto por Reprodução

Fruta tem muitas variedades e é rica em mineraisPor causa da casca grossa e espinhosa, a pitaia também é conhecida como fruta dragão. A espécie é parente do kiwi e se desenvolve em um tipo de cacto. A planta tem vários tipos de frutos e no sul do Brasil um Santa Catarina se destaca na produção da pitaia. Os agricultores do sul catarinense apostaram no plantio de cinco variedades: a vermelha de polpa branca e de polpa roxa, a pink, a baby, a do cerrado e a pitaia amarela. Entre os benefícios da fruta, além de ser saborosa, a pitaia é rica em minerais e ômega 3, é pouco calórica, acelera o metabolismo e ainda inibe a vontade de comer doces. Estudos também indicam que a fruta ajuda na prevenção do diabetes, hipertensão e inibe a vontade de comer doces. A pitaia também pode ser utilizada na produção de sucos, geleias e sorvetes.

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