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Faltam investimentos no corredor rodoviário que liga o sul ao norte

O crescimento econômico de um país, estado ou região passa pela sua capacidade de infraestrutura de transportes para escoamento da produção. Para isso existe a necessidade de investimentos no sistema e manutenção das rodovias. No Vale do Ivaí não soment

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 31.08.2015, 07:30:00 Editado em 27.04.2020, 19:57:02
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O crescimento econômico de um país, estado ou região passa pela sua capacidade de infraestrutura de transportes para escoamento da produção. Para isso existe a necessidade de investimentos no sistema e manutenção das rodovias. No Vale do Ivaí não somente poucas estradas são asfaltadas, como o estado de conservação é precário. Exemplo disso são as rodovias PR 466 (entre Porto Ubá e Guarapuava) e a PR 272 (entre Porto Ubá e Mauá da Serra) que juntas formam o  corredor  rodoviário que liga o sul ao norte do Paraná.

O presidente do Conselho de Desenvolvimento Sustentável de Ivaiporã (Codesi) e vice-presidente da Coordenadoria das Associações Comerciais do Norte e Noroeste do Paraná (Cacinor),  Miguel Roberto do Amaral diz que os entraves do setor de transportes atrapalha o desenvolvimento regional. “A nossa região está abandonada, a cada dia os buracos aumentam e há pouca manutenção nas estradas. As rodovias PR 466 e 272 foram criadas na década de 70. De lá para cá, nunca receberam melhorias e praticamente não existe acostamento, o índice de acidente é altíssimo”.

Segundo Amaral se o governo não possui recursos para duplicação, necessitaria de que pelo menos melhorasse a manutenção e iniciasse trabalho nos acostamentos, ampliando as áreas de escape. “Daqui de Ivaiporã a Pitanga você passa por diversos trechos que a rodovia é ladeada por barrancos e não tem área de fuga”, comenta Amaral.

José Saraiva, gerente da unidade da Coamo de Ivaiporã acredita que pelo fluxo de veículos e pela movimentação, a rodovia necessitaria de duplicação, que além de melhorar a segurança dos usuários, auxiliaria no desenvolvimento regional. “Quando uma empresa vai se instalar ela analisa todos os custos que estão envolvidos na atividade. O transporte  é um dos custos mais analisados, então a empresa quando vai se instalar, ela prefere uma localização onde é melhor servida por estradas com segurança até mesmo a questão de manutenção da frota”, comenta Saraiva.

Duplicação e pedágio

Apesar dos impostos pagos pelos brasileiros para a manutenção das rodovias nem sempre o governo consegue prestar um bom serviço. No Paraná, as rodovias com maior circulação de veículos são cuidadas por empresas, chamadas de concessionárias. Os motoristas pagam uma tarifa e a empresa que recebeu a concessão realiza os investimentos, garantindo melhores estradas com serviços urgentes, como mecânicos e médicos.

Em 2014, o Governo do Estado, através da secretaria de infraestrutura e logística anunciou que tinha em mãos estudos de duplicação e ampliação de importantes rodovias paranaenses. Dentre os projetos, a duplicação da rodovias PR-466 entre Guarapuava e Manoel Ribas até a divisa de Ivaiporã, nas proximidades da subestação de Furnas. As informações também davam conta que em 2015, a secretaria iniciria um estudo para a duplicação do trecho de Ivaiporã à Mauá da Serra. 

O prefeito de Ivaiporã e presidente da Amuvi, Luiz Carlos Gil (PMDB) confirma a informação e diz que o assunto deve se tornar a principal pauta dos prefeitos nas próximas reuniões da associação.   Segundo Carlos Gil, existe um planejamento que dentro de pouco tempo estará sendo anunciado pelo Governo do Estado.

“Com certeza será uma rodovia pedagiada, já que pela crise financeira nem o Estado e nem a União tem recursos para esses investimentos. Por isso, acho importante que as forças politicas comecem a pensar essa constatação. Precisamos fazer essa discussão para sabermos se será bom ou apenas mais um ônus para região”, completa Carlos Gil.

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O agropecuarista Irineo de Campos, de Ivaiporã,  diz que  as melhorias da  rodovia é urgente, mesmo com pedágio. “Da forma como está, não pode ficar. Acredito que ninguém seja contra o pedágio. O que não queremos é pagar preços elevados, como os que são pagos hoje em dia na maioria das praças de pedágios paranaenses”, comenta Campos.

Já o professor  Carlos Alberto Azevedo, de Jardim Alegre, se diz contrário a concessão de rodovias a iniciativa privada.  “O governo já arrecada o suficiente para melhorar a rodovia com terceira faixa e algumas duplicações sem cobrar pedágio”, diz Azevedo.

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Manutenção da frota

Quando as estradas não estão em boas condições, isso acarreta atrasos, maiores custos de manutenção da frota. O empresário Carlos Augusto Aguiar administra quatro laticínios nas cidades de Ivaiporã, Manoel Ribas, Pitanga e Boa Ventura de São Roque que utilizam a PR 466 diariamente, tanto para a coleta do leite como para o escoamento da produção. Ele relata que pela má condição da rodovia, os custos de transporte da empresa são elevados.

“Os pneus dos caminhões duram metade do que dura em estradas  já adequadas.  Os amortecedores dos caminhões que na nossa região são trocados a cada 80 a 150 mil km em boas rodovias sobe para 200 mil km. Além disso o consumo de diesel é maior já que os veículos tem que  rodar devagar”, comenta Aguiar.

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