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Projeto de ETE gera polêmica no Vale do Ivaí

Moradores de Lidianópolis estão preocupados e preparam um abaixo assinado que será encaminhado ao Ministério Público do Paraná (MP/PR) para tentar impedir um possível despejo de restos da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE)  de Jardim Alegre no Rio Ba

Da Redação

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Produtores Rurais de Lidianópolis, no Saltão do Rio Barra Preta que está ameaçado pelo projeto (Foto/Ivan Maldonado)
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Produtores Rurais de Lidianópolis, no Saltão do Rio Barra Preta que está ameaçado pelo projeto (Foto/Ivan Maldonado)
Escrito por Da Redação
Publicado em 11.05.2015, 08:32:00 Editado em 27.04.2020, 20:00:05
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Moradores de Lidianópolis estão preocupados e preparam um abaixo assinado que será encaminhado ao Ministério Público do Paraná (MP/PR) para tentar impedir um possível despejo de restos da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE)  de Jardim Alegre no Rio Barra Preta, na região do bairro rural Santa Terezinha. A polêmica teve início no mês passado quando funcionários da Sanepar colheram assinaturas de agricultores de Lidianópolis que moram as margens do rio. De acordo com informações da Sanepar a construção da ETE é da prefeitura de Jardim Alegre e a empresa está colaborando com a realização do projeto técnico. 

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Uma lei do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) exige uma grande quantidade de água para a diluição após o tratamento na estação. A principio, nas proximidades do local onde está sendo construído a ETE em Jardim Alegre, o rio não é suficiente. O estudo que vem sendo realizado pela concessionária é para a construção de uma galeria de aproximadamente 11 mil metros lineares da ETE de Jardim Alegre até as proximidades da junção do Rio Juriti com o Rio Barra Preta em Lidianópolis onde aumenta a vazão do rio.

O agricultor Eurides Carvalho Pereira que mora há 59 anos no local onde o despejo pode acontecer, reclama. “Eles dizem que vão soltar água tratada, mas não é isso que acontece. Pois se fosse água limpa não precisava tubulação e trazer essa água por 11 quilômetros para ser despejada aqui. Além disso, tem o mau cheiro por causa dos produtos químicos, nós usamos essa água na agricultura e para tratar dos animais. Não concordamos e não queremos ser obrigados a aceitar rejeitos que não é nosso”, assinala Pereira.

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Outra preocupação dos moradores, é que no local onde possivelmente a água da estação seja lançada fica a menos de 200 metros de uma área turística conhecida como Saltão. O agricultor Tiago Machado relata que o local é um dos únicos pontos turísticos da região que reúne centenas de pessoas nos finais de semana. “Se realmente isso acontecer o Saltão deixará de existir. Pois sabemos que a 700 metros onde acontece o despejo a água não pode ser usada. Além disso, se Lidianópolis ao fazer a rede de esgoto escolher o Rio Guaimbê para fazer o despejo, Lunardelli usar o Rio Guaretá ficaremos com todos os rios que passam pelo nosso município comprometido”, destaca Machado.

Machado é um dos organizadores do movimento e diz que já foram colhidas mais de 300 assinaturas contra o projeto. “Nessa semana vamos ao Fórum de Ivaiporã encaminhar o abaixo assinado e conversar com o promotor  do Meio Ambiente para pedir providências. Inclusive, Jardim Alegre tem como opção fazer o despejo no Rio da Bulha que fica muito mais próximo e vão conseguir economizar milhões”, assinal Machado.

O agricultor João Wrubel está preocupado, pois ele é contra o despejo da água no local e diz que assinou um documento que acredita ser a autorização para a implantação da galeria. “Quando vieram na minha casa falaram que iam construir uma tubulação, mas não explicaram direito. Se soubesse que era isso não teria assinado”.

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Sanepar

O gerente dos escritórios regionais da Sanepar de Ivaiporã e Apucarana, Luiz Carlos Jacovassi relata que o documento assinado pelos agricultores não é para a construção da galeria, mas sim uma autorização para que os funcionários da Sanepar entrassem nas propriedades para fazer o estudo técnico. “Com o projeto pronto e caso o IAP autorize o lançamento naquele local, será feita uma conversa com os dois municípios e haverá muito dialogo com a população, ninguém vai construir uma obra na marra, a ferro e fogo”, comenta Jacovassi.

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