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Depósitos de recicláveis são lacrados

Equipes da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Turismo (Sematur) lacraram ontem sete depósitos particulares de recicláveis em situação irregular em Apucarana. A operação, que teve apoio da Força Verde, Vigilância Sanitária e Departamento Municipal

Da Redação

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Operação fechou ontem sete depósitos particulares de recicláveis em situação irregular
Icone Camera Foto por Sérgio Rodrigo
Operação fechou ontem sete depósitos particulares de recicláveis em situação irregular
Escrito por Da Redação
Publicado em 13.04.2011, 09:03:00 Editado em 27.04.2020, 20:48:35
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Equipes da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Turismo (Sematur) lacraram ontem sete depósitos particulares de recicláveis em situação irregular em Apucarana. A operação, que teve apoio da Força Verde, Vigilância Sanitária e Departamento Municipal de Fiscalização, aconteceu no Parque Industrial Oeste, Avenida Minas Gerais, Jardim Diamantina, Vila Nova e Vila Nova II. Os mandados de busca e apreensão foram expedidos pela Justiça, a pedido do Ministério Público.

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De acordo com o promotor de Meio Ambiente, Eduardo Augusto Cabrini, a medida tem caráter ambiental e sanitário. “São depósitos que não têm licença ambiental e nem alvarás concedidos pelo município. Sem seguir os condicionantes exigidos por essas licenças, o funcionamento irregular favorece a proliferação de ratos, insetos e até a dengue”, afirma.


Ele assinala que a tarefa de interditar os estabelecimentos foi repassada à Prefeitura no final de semana. A deliberação foi tomada depois de um levantamento a respeito dos depósitos de recicláveis existentes no município, feito pela Sematur. Indiretamente, a fiscalização também é uma resposta a reclamações da Cooperativa dos Catadores de Apucarana (Cocap). Neste ano, a entidade recorreu ao MP contra coletores e depósitos particulares que estariam “atravessando” o programa “Sacola Verde”.

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O diretor da Sematur, Sérgio Bobig, explica que há 11 depósitos de recicláveis na cidade. Deste total, quatro estão de acordo com as exigências e quatro não possuem alvará e nem licença ambiental para funcionar. Outros três são em residências em que proprietários armazenavam o material reciclável nos quintais. Além de papéis, plástico e metal, foram encontrados durante a fiscalização até resíduos hospitalares em um barracão cuja licença para a operação sequer existia. “Lacramos os depósitos com todos os materiais coletados que estavam a céu aberto. Uma reunião com o juiz nos próximos dias vai dizer o que será feito com o material”, diz Bobig.


Ele sustenta que, embora seja livre, a coleta de recicláveis nas ruas não deve ser feita indiscriminadamente. “As pessoas não podem simplesmente acumular os materiais em casa, deixando, por exemplo, juntar água parada. É preciso levar para um depósito adequado”, define. Além de doenças, a armazenagem inadequada de recicláveis pode provocar até incêndios, devido à existência de materiais de fácil combustão e a falta de isolamento adequado.

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Trabalho na informalidade


A informalidade de trabalhadores ligados aos depósitos também chama atenção no setor, segundo o diretor da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Turismo (Sematur), Sérgio Bobig. De acordo com ele, boa parte dos estabelecimentos da cidade não registra seus colaboradores. “Em depósitos maiores e licenciados são cerca de 35 empregados, enquanto nos menores, de 15 a 20. Mais de 100 pessoas estão ligadas diretamente à atividade”, comenta.


A catadora de recicláveis Maria Aparecida dos Reis Catiano, de 53 anos, trabalha há seis anos sem registro em um depósito na Vila Nova, pertencente a Keizo Matsuda, funcionário da Prefeitura. Despedida nessa semana, ela relata que tem passado anos sem receber o pagamento, de um salário mínimo, em espécie. “Todas as minhas contas eram pagas pelo meu patrão. Se eu precisasse fazer compras no mercado ou de um remédio, ele passava o cartão dele e depois dizia que descontava. Há uns três anos não recebo mais em dinheiro”, conta, ao assinalar que outras pessoas da família dela estão empregadas no mesmo depósito. A casa em que Maria mora, conforme ela, também teria o aluguel descontado pelo empregador. Procurado pela reportagem, Matsuda preferiu não comentar o assunto. (A.L.)

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