A Companhia de Polícia de Choque da Polícia Militar recebeu, na noite de segunda-feira (08), um robô-protótipo, produzido por alunos do Colégio e Faculdade Ensitec. O equipamento poderá ajudar o Comando de Operações Especiais (COE) nas ocorrências que envolvem artefatos explosivos. A entrega foi feita, depois da apresentação do robô à banca examinadora da faculdade.
O protótipo foi elaborado pelos estudantes do último período do curso técnico em Mecatrônica, como trabalho de conclusão de curso. O protótipo tem a habilidade de transportar objetos sem solavancos e pode ser usado para desarmar bombas.
Para o tenente Ilson de Oliveira Júnior, do COE, o equipamento será de grande valia. "O robô vai completar o serviço policial e também servirá como experiência para testes", explicou. Ele também lembrou que será preciso ajustes, indicados pela banca, mas o equipamento já atende às expectativas da PM.
O curso técnico de Mecatrônica da Ensitec, que possibilitou o desenvolvimento do protótipo, tem duração de um ano e meio. Para o professor Sandro Pires, coordenador do curso, além dos alunos desenvolverem o projeto final, fizeram algo que terá grande utilidade. "O robô é importante, porque não deixa o militar exposto, quando for fazer uma intervenção, ou seja, evita o contato com o artefato. O equipamento vai pegar o material e levá-lo até um campo aberto, onde poderá ser detonado", explicou.
Pires ressaltou que muitos trabalhos de conclusão caem no esquecimento, ao contrário deste. "Procuramos sempre desenvolver projetos que supram alguma necessidade específica". A instituição já criou vários trabalhos que, de alguma maneira, auxiliam a sociedade, conforme explicou o professor. "Já desenvolvemos vários projetos para empresas nacionais e de pequeno porte, além de projetos de cunho social, por exemplo, cadeiras de rodas", relatou Pires.
"O objetivo principal é proteger o policial militar já que o robozinho deve levar o explosivo até o canhão, que fará a detonação", destacou a aluna Suellen Toledo, uma das responsáveis pelo projeto.
Emerson Martins Brito, também membro do grupo, enfatizou que aprendeu bastante com o curso e sente-se feliz por ter a possibilidade de contribuir com a polícia. "É bom saber que durante o curso conseguimos fazer um projeto que, com certeza, vai ser útil para o COE", disse.
O robô conta com um canhão de jato de água para desativar o artefato, que foi desenvolvido pelo professor da Ensitec Carlos Alberto de Oliveira. "O mecanismo foi desenvolvido a partir de um projeto trazido pelo próprio COE, baseado nos interruptores que eles já viram", explicou.
Escrito por Da Redação
Publicado em 09.12.2008, 16:01:00 Editado em 27.04.2020, 21:04:46
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