Dois anos depois de matar o próprio filho a facadas, o aposentado Sebastião Alves, 68 anos, voltou a ser preso na noite de terça-feira, acusado de esfaquear o operário Heitor Nunes Vitorino, 41.
Autuado em flagrante por tentativa de homicídio, ele tentou justificar o crime dizendo que a vítima teria falado besteiras e tentado abraçar sua ex-companheira. "Eu estava bêbado, mas ele não devia ter feito o que fez", disse.
Segundo a Polícia Civil, o crime aconteceu por volta das 22h em um conjunto de cortiços na Rua Chile, Jardim Alvorada, em Maringá. O aposentado e a vítima bebiam pinga sentados na calçada, quando a ex-companheira de Alves se aproximou para conversar.
Vitorino teria se levantado e tentado abraçar a mulher. Alves sacou uma faca da cintura e cravou a lâmina no ombro do operário, que ficou gravemente ferido, que foi internado no Hospital Universitário (HU). A PM foi acionada e prendeu Alves completamente embriagado.
Levado à delegacia, afirmou que o operário tambpem teria falado que "já havia ficado com ela". "É mentira. Eu ainda a tenho como minha companheira e sinto muito ciúme dela."
Apesar da alegação, até o início da tarde de ontem o aposentado não tinha certeza de quem havia esfaqueado. Informado pela reportagem de que a vítima se chamava Heitor, ele suspeitou aliviado.
"Ainda bem que foi ele. Eu estava pensando que era o Laércio, irmão dele. Eu gosto do Laércio, mas desse Heitor, não vale nada. A gente já teve um entrevero tempos atrás", explicou.
Alves contou à reportagem que há cerca de dois anos matou o próprio filho, Valter Junior Alves, 40, depois de uma discussão acalorada por causa de dinheiro. O aposentado foi absolvido pela Justiça. "Foi em legítima defesa. Meu filho era usuário de droga e quando bebia ficava muito violento."
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