O índice de infestação predial do mosquito Aedes aegypti voltou a deixar Apucarana em estado de alerta. Quatro vezes maior do que o preconizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), a taxa de 4,4, obtida no último Levantamento de Índice Rápido do Aedes Aegipty (LIRAa) de 2011, é considerada de alto risco.
As regiões com os piores índices são o Parque Santo Expedito, os cemitérios Cristo Rei e da Saudade, Jardim das Flores, Jardim Esperança, Vila Brasil e Vila Formosa, com 8,4. Já os menores valores, 2,0, foram encontrados na região dos núcleos habitacionais Osmar Guaraci Freire e João Paulo, Jardim Sol Nascente, Lago Jaboti e Bairro 28 de Janeiro.
O coordenador do Programa Municipal de Combate à Dengue, Flávio Boiça, afirma que, desde o início do ano, 32 casos da doença já foram notificados na cidade. “o resultado do exame de um deles foi negativo e ainda estamos aguardando a divulgação do restante”, aponta. Em todas as áreas com suspeitas de dengue houve a aplicação de fumacê. Ontem, a aplicação de inseticida foi feita na Vila Regina e jardins Ponta Grossa e Colonial.
Boiça assinala que, por ser uma época de chuvas e temperaturas mais altas, os cuidados para evitar a doença devem ser redobrados. “As pessoas precisam colaborar. Hoje, temos 63 agentes, mas se tivéssemos 500 e os moradores não cuidassem de suas casas, de nada adiantaria”, sustenta.
Ele ainda enfatiza que a Autarquia Municipal de Saúde não vai hesitar em aplicar multas em imóveis cujos proprietários não se enquadrem nas medidas preventivas ao Aedes, evitando o acúmulo de água parada. “No ano passado, não tivemos multa, apenas notificações. Mas, se houver necessidade nesse verão, vamos multar sim”, reforça. Nas áreas distritais, que compreendem a Vila Reis, Pirapó, Caixa de São Pedro, Correia de Freitas e Colônia dos Novos Produtores Rurais de Apucarana, o Levantamento de Índice Amostral (LIA) apontou índice de infestação de 1,29% dos imóveis visitados. A localidade com o pior índice, 2,2, foi o distrito de Vila Reis.
Regional de Londrina confirma 36 casos
No Paraná, a região de Londrina é a que mais vem contabilizando situações relacionadas à dengue em 2011. Somente na 17ª Regional de Saúde (RS) já foram registradas 1.160 suspeitas, sendo 36 confirmadas. Deste total, 35 casos são autóctones e um importado.
Em seguida, aparecem a 9ª RS, de Foz do Iguaçu, com 232 notificações e oito confirmações, e a 19ª RS, de Jacarezinho, com 202 notificações e duas confirmações. A 16ª RS, de Apucarana, tem 47 suspeitas, mas nenhuma situação confirmada até o momento.
Em todo o Paraná, segundo dados da Secretaria de Estado de Saúde (Sesa), 103 municípios já registraram notificações da dengue. Nas três primeiras semanas do ano, 2.019 situações foram contabilizadas. Destas, 49 foram confirmadas em Londrina (35), Foz do Iguaçu (8), Jacarezinho (2), Rolândia (1), Paranavaí (1), Cruzeiro do Iguaçu (1) e Ortigueira (1).
De acordo com um levantamento feito pela Sesa no Paraná, cerca de 98% dos criadouros do mosquito da dengue estão nas residências. ( A.L. )
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