O risco de afogamento com a chegada dos dias quentes aumenta, principalmente em locais impróprios para banho. Sem acesso a clubes e balneários, que oferecem segurança com a presença de salva-vidas, as pessoas procuram se refrescar como podem.
Em Apucarana, é comum ver nesta época do ano crianças e adolescentes se divertindo no Lago Jaboti, Parque da Raposa, Lagoa do Schmidt, rios e até em poços e represas.
A moradora do Recanto Estoril, em Apucarana, Teresa Carvalho, conta que é comum a presença de crianças e adolescentes em uma represa próxima a sua casa. Segundo ela, a garotada chega ao final da tarde. “Eles vêem depois da escola. As mães nem devem imaginar que os filhos estão aqui. Já chamei atenção, ameacei chamar a polícia, mas nada resolve”, afirma.
De acordo com a moradora, um bueiro construído para vazão da água da represa provocou um buraco de aproximadamente seis metros. “As crianças aproveitam o local para saltar”, diz. Na sexta-feira à tarde, a equipe de reportagem do TNOnline encontrou apenas uma família que esperava capturar algum peixe das águas barrentas.
‘Lagoa Seca’
Próximo ao Recanto Estoril tem outra área que a população procura para se refrescar. Um adolescente de 14 anos nos leva até um poço, que se formou em meio as gramíneas do local. Ele confessa que nada com os amigos quase toda semana ali.
O ponto conhecido como ‘Lagoa Seca’ há cinco anos foi palco de uma tragédia. Três crianças morreram afogadas quando brincavam na água. Hoje a lagoa já desapareceu em decorrência do assoreamento, mas algumas nascentes ainda resistem.
Cuidados
Nos últimos cinco anos, o Corpo de Bombeiros de Apucarana registrou sete mortes por afogamento nos 15 municípios de sua abrangência no Vale do Ivaí. Destas, quatro ocorreram em Apucarana e em locais impróprios para banho. Neste ano, já aconteceram duas mortes no Rio Ivaí.
Entre os fatores de riscos para a ocorrência de afogamento estão a falta de costume com a água, acidentes, ir além dos limites físicos e embriaguez. O comandante do Corpo de Bombeiros de Apucarana, major Emerson Saqueta, faz um alerta sobre um eventual momento para prestar os primeiros socorros à vítima.
Saqueta explica que se a pessoa senão souber nadar ‘bem’ não deve se arriscar. “Deve jogar algum objeto, como bóia, corda ou um galho de árvore para que a vítima possa se segurar e vir até a margem” aconselha. Isto, segundo ele, evita que o ajudante se afogue também.
Ao retirar a vítima, ele recomenda fazer a respiração boca - a- boca e massagem cardíaca. “Para realizar este procedimento é preciso técnica senão acaba não funcionando”, alerta.
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