O mês passado foi o janeiro mais quente nos últimos 10 anos na cidade de Apucarana e no Vale do Ivaí, segundo dados do Instituto Meteorológico do Paraná (Simepar). A temperatura média foi de aproximadamente 24ºC, com a máxima ultrapassando os 34ºC. Para aliviar o forte calor, que ainda deve persistir até o final do verão, os ventiladores e os aparelhos de ar-condicionado são considerados mais acessíveis, no entanto, algumas pessoas preferem investir na instalação de piscinas para se refrescar e ao mesmo tempo garantir a diversão na estação mais quente do ano.
Mas, para o sonho da área de lazer não se tornar um grande problema, é necessário tomar alguns cuidados. O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (Crea-PR) recomenda que todo o processo de instalação das piscinas seja acompanhado por um profissional responsável, que deve analisar o terreno, certificar-se do funcionamento da rede elétrica e hidráulica, além dos importantes itens de segurança, como acabamentos e revestimentos.
“A localização escolhida para a instalação e análise do terreno para suportar a piscina são fundamentais para evitar problemas, como rachaduras e vazamentos. Eventualmente, é preciso fazer correções, compactação, trabalhar o terreno”, comenta o gerente regional do Crea-PR em Apucarana, o Engenheiro Civil Jeferson Antônio Ubiali.
Ele ressalta que as empresas que realizam as escavações também devem ser acompanhadas de um engenheiro responsável pelo serviço. “As empresas que forem terceirizadas para atendimento nesta área precisam de registro no Crea-PR. Todos os trabalhadores devem ser supervisionados pelo responsável técnico, desde as empresas de terraplanagem, passando pela instalação da piscina aos sistemas elétricos e hidráulicos”, alerta.
Ubiali ainda lembra que os três principais modelos de piscinas em uso são as fibras de vidro, revestimentos em vinil e concreto armado com acabamento em pastilhas.
Segurança
Há mais de dez anos, discute-se em Brasília a criação de uma lei visando à prevenção de acidentes em piscinas públicas e privadas no território nacional. Entretanto, somente no Estado do Paraná e em municípios como Belo Horizonte (MG), São José, Camboriú e Itajaí (SC), em Porto Seguro (BA) e em Santos, Sorocaba e Atibaia (SP), leis passaram a obrigar a instalação de dispositivos de segurança em piscinas.
O Projeto de Lei (PL) 071/2014 já foi aprovado pelo Senado e agora está sob a apreciação dos deputados por conta de uma alteração apresentado pelo senador Dário Berger, de Santa Catarina.
Quando aprovada, a Lei de Segurança em Piscinas estabelecerá medidas obrigatórias, como o uso de tampas antiaprisionamento ou tampas não bloqueáveis; instalação de pelo menos um sistema hidráulico para evitar acidente de sucção; instalação de um botão manual de parada de emergência nos sistemas que utilizem a motobomba automática, além de estabelecer que a área das piscinas deve ter piso antiderrapante e ser isolada do espaço de trânsito de banhistas ou espectadores, mas com recinto visível a partir do exterior.
Ainda, será determinado que todos os produtos ou dispositivos de segurança para piscina e similares deverão possuir certificado do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro).
O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (Crea-PR), autarquia que este ano comemora 85 anos, é responsável pela regulamentação e fiscalização da atuação de profissionais e empresas das áreas da Engenharias, Agronomias e Geociências.
Além de regulamentar e fiscalizar, o Crea-PR também promove ações de atualização e valorização profissional por meio de termos de fomentos disponibilizados via Editais de Chamamento.
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