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Samu recebe média de 150 trotes por mês

A central do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) do Vale do Ivaí, localizada em Apucarana, atende 16 municípios e conta apenas com uma unidade avançada. A viatura é utilizada em ocorrências de média a alta gravidade, no entanto, por conta de t

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Publicado em 04.07.2018, 12:12:00 Editado em 04.07.2018, 12:17:31
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A central do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) do Vale do Ivaí, localizada em Apucarana, atende 16 municípios e conta apenas com uma unidade avançada. A viatura é utilizada em ocorrências de média a alta gravidade, no entanto, por conta de trotes, algumas vezes é inutilizada, colocando em risco, a vida quem realmente a precisa.

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São 350 mil habitantes pertencentes a todo o Vale e cerca de 3 mil atendimentos do Samu por mês, destes 700 apenas em Apucarana. A cidade conta também com duas unidades básicas que são equipadas para ocorrências de pouca gravidade. 

Priscila Vieira Salviato, coordenadora de enfermagem do Samu, comenta que são recebidos em média, cinco trotes por dia, o equivalente a 150 por mês. “Esses chamados falsos afetam o atendimento de toda região. E não apenas em casos da viatura que encaminhamos ao local, mas também por ocuparem a única linha telefone que nós temos. ”, diz.

Todas ligações feitas nas cidades do Vale do Ivaí são direcionadas à central de Apucarana. A única linha é responsável por atender todos chamados dos 16 municípios. “Ao tempo que uma pessoa está passando trote, há outra tentando nos ligar para realmente pedir pelo serviço.”, relata a coordenadora.

Priscila garante que muitas vezes há como identificar um trote, mas nem sempre é possível. “Recentemente nos deslocamos até uma casa, onde uma criança pedia socorro pois sua avó estava passando mal. Chegamos lá e era mentira.”

Esse tipo de trote, de acordo com Priscila, é mais comum ainda em época de férias escolar, já que as crianças e adolescentes são os maiores responsáveis por este tipo de ação. “Agora em julho, começa aumentar essas situações”, garante.

A coordenadora explica que esse é um assunto muito sério que deve ser levado para dentro das escolas e debatido com os alunos. E que em casa, os pais precisam orientar os filhos sobre o bom uso dos serviços de emergência. “É importante que eles tenham conhecimento do número 192, mas que saibam usar, porque muitas vezes, é através deles que vem o pedido de socorro para um pai, uma mãe, então tem que ser tratado com conscientização.”

No entanto, não são só as crianças que costumam aplicar essa “brincadeira” de mal gosto. Priscila comenta que as atendentes, na maioria das vezes, mulheres, são constantemente assediadas ao telefone. “Homens ligam e usam palavras absurdas, assediando e ofendendo. Isso também prejudica o nosso trabalho, pois mais uma vez, a linha fica ocupada para atender quem não precisa.” 

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O Samu conta com um sistema de identificação de chamada, na qual são fornecidos número e dados da conta telefônica de quem a fez. Esse recurso é disponível para que o serviço tenha como garantir atendimento eficiente à população, já que no momento da ligação e pedido de socorro as pessoas às vezes esquecem de deixar seu contato ou endereço.

Usando esse recurso, os operadores conseguem identificar os responsáveis pelo trote que através da legislação podem ser punidos por tal ato. As ligações também são gravadas, reunindo provas contra aquele que a fizer.

Lei estadual
Desde 2012, uma lei estadual prevê punição para quem passa trote para serviços de emergência. Quem for identificado fazendo ligações indevidas pode acabar pagando multa no valor de R$ 135,78 que deverá ser pago pelo responsável do número telefônico que fez o acionamento indevido para remoções médicas, resgates, combate a incêndios, ocorrências policiais ou atendimento a desastres.

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