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A safra de soja 2017/2018 foi recorde nos 25 municípios da regional da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab), de Ivaiporã. A produção chegou a 1,023 milhão de toneladas. O resultado é 92 mil toneladas superior à temporada 2016/2017, quando foram colhidas 931 mil toneladas, o que representa um aumento de 9,88%.
A produtividade média da regional da Seab de Ivaiporã também atingiu uma marca histórica, de 3.497 quilos por hectare. Na safra anterior, os produtores colheram 3.215 quilos por hectare. A área plantada com o grão nos 25 municípios nesta safra foi 1,17% maior do que na safra passada. Nesta temporada, a soja foi plantada em 292,5 mil hectares contra 289,1 mil hectares na safra 2016/2017.Os números são do Departamento de Economia Rural (Deral), da Seab de Ivaiporã.
Conforme o engenheiro agrônomo Sergio Carlos Empinotti, do Deral, apesar de o início do plantio ter sido atrasado por conta de uma estiagem na região, que durou 40 dias, não ocorreu nenhuma anomalia nas lavouras que prejudicassem as previsões iniciais de produtividade.
“Não houve ocorrências de veranico que acontecem normalmente no mês de janeiro e fevereiro. Quando começou a dar uma estiagem, a maior parte da soja já estava granando. Mesmo assim, foram registradas algumas pancadas de chuva que ajudaram a chegar ao bom resultado. O veranico está ocorrendo agora no mês de abril, o que pode prejudicar o feijão segunda safra e o milho safrinha”, relata.
Para o agrônomo Fernando Soster, da unidade da Coamo de Ivaiporã, a colheita da soja nesta temporada foi mais estável. “A diferença com o ano passado é que a soja que foi plantada no final de setembro e começo de outubro (2015) produziu muito. Chegaram a alguns casos a 190 e 200 sacas por alqueire, porém, até o final da colheita, ocorreram algumas intempéries que derrubaram a produtividade. Este ano, a soja se manteve estável durante toda a safra. A colheita se iniciou numa faixa de produtividade e terminou na mesma faixa”.
Os cooperados da unidade da Coamo de Ivaiporã tiveram uma média de produtividade de 3.850 quilos por hectare, bem acima da média da regional. Apesar da boa colheita, o agrônomo acredita que é possível melhorar ainda mais produtividade.
“Nós estamos com uma produtividade média de quase 160 sacas, mesmo com problemas de estiagem ainda no início do plantio. Depois tivemos excesso de chuva e a soja demorou para nascer. Então se tivermos um ano sem esses problemas, com certeza, a nossa média será melhor. O nosso produtor está preparado e tem tecnologia pronta para que colha mais ainda”, completa Soster.
Queda na área de Apucarana
Nos 13 municípios pertencentes à Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab) de Apucarana, os números apontam para queda de 7,7% nesta safra de soja. Dados ainda não consolidados apontam para uma produção 415.200 toneladas em 2017/2018 contra 450.300 na temporada anterior. Os números são menores mesmo com uma área plantada maior: 125.810 hectares em 2017/2018 contra 120.950 hectares em 2016/2017. A produtividade também sofreu queda: 3.300 kg contra 3.723 kg por hectare (maior da média histórica regional), respectivamente.
O economista Paulo Sergio Franzini, chefe do Departamento de Economia Rural da Seab de Apucarana, afirma que a safra do ano passado foi histórica por conta do clima ideal para o cultivo. “Na safra 2016/2017, as condições climáticas foram praticamente perfeitas. Na temporada 2017/2018, no entanto, tivemos um veranico na época do plantio em outubro e novembro e depois tivemos excesso de chuva com baixa luminosidade em dezembro, janeiro e fevereiro, na fase desenvolvimento das plantas”, assinala Franzini. Mesmo com a queda na safra, ele considera o resultado positivo. “Apesar de tudo, podemos considerar que esta foi uma boa safra”, completa.
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