As chuvas ocorridas entre os dias 21 de dezembro a 04 de janeiro, de forma uniforme no Vale do Ivaí favoreceram as lavouras de milho e soja safra 2017/2018, de acordo com informações do escritório regional do Departamento de Economia Rural (Deral) órgão ligado a Secretaria de Estado da Agricultura (Seab). Nas lavouras com feijão carioca ocorreram prejuízos em poucas áreas, que estavam prontas para a colheita no início das precipitações.
Segundo levantamento do Deral, a cultura de soja na regional (22 municípios) está com 50% em fase de frutificação, 30% em floração e 20% em desenvolvimento. Na regional a área plantada com a leguminosa é de quase 300 mil hectares. As lavouras de milho nesta temporada estão com área de mais 15 mil hectares, em transição, majoritariamente em fase final de floração 60% e iniciando a frutificação 40%.
Para o agrônomo do Deral, Randolfo Oliveira as chuvas favoreceram as lavouras de verão. “A demanda de água na planta é muito específica, ela precisa ter a quantidade certa de chuva na hora certa. Apesar de ter vindo em volume grande e intenso durante duas semanas foram chuvas bem distribuídas, aqui na região não tivemos problemas para essas culturas”, assinala Oliveira.
Após as chuvas prolongadas os produtores iniciaram nesta semana o monitoramento das lavouras para tratamento fúngicos. É o caso do produtor Vitor Kauling Valecki que plantou 40 alqueires de soja na região de Manoel Ribas.
“Tem que se ficar atento com a lavoura. A soja está sujeita ao ataque de um grande número de doenças que podem causar prejuízos tanto ao rendimento quanto à qualidade, principalmente, após um período chuvoso como esse que atravessamos”, afirma Valecki.
Situação do feijão
Conforme o cerealista Marcos Vicente Raizama, o cultivo de feijão das águas nesta safra tem área de 10,3 mil hectares, 15% foram colhidos antes da chuva, 65% está em fase de em enchimento de grãos e 20% se encontra maduro prontos para colher. “O feijão é para sair a partir de agora. Em algumas áreas onde o feijão estava madurando e o produtor resolveu antecipar dessecando nos dias que antecedera as chuvas estão tendo prejuízo”.
Segundo Raizama, as perdas para essas poucas áreas são de mais de 50% tanto na produtividade quanto na qualidade. “A gente estima que uns 5% estavam com as lavouras prontas para colher quando a chuva veio. O forte do plantio do feijão aqui na região é de 10 de agosto a 05 de outubro. O atraso no plantio acabou se tornando sorte, se tivéssemos plantado no período normal de todos os anos, as chuvas teriam pegado a maioria das lavouras”, enfatiza Raizama.
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