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Preservação ambiental gera ‘recurso verde’ para municípios

A proteção ao meio ambiente vêm garantindo repasses extras de mais de R$ 4,5 milhões por ano a 11 municípios da região para investimentos na área de educação, saúde, infraestrutura e meio ambiente. O recurso chega através do ICMS Ecológico, uma medida tri

Da Redação

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Preservação ambiental gera ‘recurso verde’ para municípios
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Escrito por Da Redação
Publicado em 26.12.2017, 08:20:00 Editado em 26.12.2017, 08:29:03
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A proteção ao meio ambiente vêm garantindo repasses extras de mais de R$ 4,5 milhões por ano a 11 municípios da região para investimentos na área de educação, saúde, infraestrutura e meio ambiente. O recurso chega através do ICMS Ecológico, uma medida tributária que permite que municípios com áreas de preservação ou mananciais recebam um repasse diferenciado do tributo. Os valores de recursos devem aumentar nos próximos anos na região por conta do aumento do interesse na criação de reservas. 

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No ano que vem, duas novas Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs) passam a receber recursos, uma em Ivaiporã, outra em Cândido de Abreu. Outros dois municípios também já iniciaram processo para certificação de áreas.De acordo com o diretor regional do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), escritório de Ivaiporã, Maurilio Villa, o ICMS Ecológico condiciona parte da receita de ICMS repassada aos municípios a critérios ambientais, premiando o desempenho ambientalmente desejável e incentivando a implementação de ações com este objetivo. 

Somados os anos de 2015, 2016, mais os primeiros quatro meses de 2017, os 11 municípios receberam quase 10,5 milhões. Mauá da Serra foi o município que mais recebeu o recurso extra R$ 4 milhões, seguido por Apucarana que, recebeu R$ 1,94 milhões - recursos são referentes ao parque ecológico da Raposa e Colônia Mineira -  e Lunardelli com R$ 1,57 mi. 

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Segundo Villa, do total do ICMS arrecadado pelo Estado do Paraná, 5% é destinado aos municípios de forma proporcional em função do tamanho, importância, grau de investimento na área, manancial de captação.Ele destaca que, além dos recursos, a formalização de RPPNs traz outros benefícios. “Além do município receber os recursos financeiros que podem ser investido em melhorias e na conservação da fauna e da flora, essas unidades têm prioridade de fiscalização do IAP e da Força Verde.  Para o proprietário e para a biodiversidade é uma segurança maior”, assinala. 

Além das Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs) dos 11 municípios que já se beneficiam com o ICMS Ecológico, Apucarana; Arapongas; Candido de Abreu; Faxinal; Lunardelli; Manoel Ribas; Marumbi; Mauá da Serra; Rolândia, Sabáudia e São Pedro do Ivaí, a partir de 2018 outras duas estações ecológicas na região receberão os recursos. 

Uma estação ecológica em Ivaiporã de 72,3 hectares e outra de mais de 300 hectares em Cândido de Abreu. “Começam a receber já a partir de janeiro”, esclarece Villa.  Os municípios de Jardim Alegre e Novo Itacolomi também entraram neste ano com pedido de certificação na regional do IAP para criação de RPPNs. 

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Biodiversidade garantida e educação ambiental

Um exemplo de sucesso na região é a RPPN Fazenda Barbacena, em São Pedro do Ivaí. Com área de 554,797 hectares, a propriedade abriga uma grande diversidade biológica, sendo 304 espécies de vegetais e 224 espécies de animais e conta com seis trilhas, formadas no início do processo de utilização da área há pouco mais de meio século. 

Criada em 2004, pela iniciativa do proprietário da fazenda, Jayme Watt Longo, a unidade ecológica hoje abriga um Centro de Aprendizagem e Inclusão Social (CAIS), que beneficia 145 crianças do município, através de projeto social.A reserva recebe ainda universitários de todo o país que visitam o local para pesquisas e ficam alojados na sede da RPPN. 

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A coordenadora da Reserva Barbacena, a bióloga Angelita Pereira Marques, acredita que se a RPPN não fosse criada, muito da biodiversidade do local teria se perdido. “Isso aqui é um fragmento do que era o Paraná no passado. Caso a reserva não fosse criada, a mata possivelmente existiria ainda, mais não do tamanho e nem teria preservação que tem hoje, já que sustentava diversos madeireiros da nossa região”, relata Angelita. 

Recursos custeiam melhorias e obras

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Segundo a bióloga Angelita Pereira Marques, do total ICMS Ecológico de São Pedro do Ivaí, 40% fica para a Prefeitura e 60% é repassados para a RPPN. “Como não temos uma planilha atualizada mês a mês, fizemos um convênio com a prefeitura que faz o repasse com base dos valores que foram repassados no ano anterior”, explica. 

Na sede da RPPN Barbacena, os recursos do ICMS Ecológico foram aplicados na construção do Centro de Visitantes com auditório e sala de exposição e um laboratório para pesquisas. Também foram utilizados no alojamento para pesquisadores e Polícia Ambiental e veículos - um trator e um reboque para visitantes. 

As atividades de Educação Ambiental, segundo Angelita são realizadas no interior da mata, e voltadas para a sensibilização e conscientização ambiental dos visitantes. “O objetivo é que o visitante reporte a outras pessoas a sua experiência, instigando a curiosidade por conhecer a área e difundir o pensamento ecológico”, explica Angelita.

Os recursos da RPPN além das obras, aquisição de equipamentos e manutenção gera ainda 11 empregos diretos. São dois guardas de floresta, um caseiro, coordenador da RPPN e sete professoras do projeto social do CAIS. 

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