Um rapaz apontado como autor de assassinatos ocorridos em Apucarana foi preso nesta quinta-feira (31), em uma casa na Rua Kiozo Andó, no Parque São Pedro, em Sarandi. De acordo com a investigação, César Henrique dos Santos Ferrari é o traficante responsável pela morte de duas vítimas encontradas em 3 de agosto. Os corpos esquartejados foram enterrados em um cafezal na região do Parque Bela Vista, e depois desovados em um poço desativado.
"A divulgação da foto fez com que a polícia recebesse denúncias sobre a localização dele", informou o delegado-chefe da 17ª Subdivisão Policial (SDP) José Aparecido Jacovós. Segundo ele, o crime está elucidado.
Policiais descobriram que o cafezal - onde os corpos foram encontrados - foi tomado pelo traficante e estava sendo usado pelo crime organizado. Por estar sob linhas de transmissão de energia elétrica de alta tensão, o local fica dentro do espaço de domínio da Eletrosul, empresa subsidiária da Eletrobras e responsável pelas linhas de transmissão em toda a região Sul do país.
Segundo a polícia, o local havia sido ocupado há cerca de 13 anos por um homem, que passou a viver no local e a plantar café.No entanto, ainda segundo os policiais, o homem foi expulso da terra por traficantes de drogas daquela região. Há cerca de quatro meses, eles passaram a utilizar o local como ponto de venda e consumo de drogas. As mortes das vítimas estão relacionada com tráfico de entorpecentes.
Outros envolvidos
Após localizar os corpos - que seriam de Arislian Glenda Lemos, de 24 anos, e Valdecir Amarildo Gonçalves, de 52 anos - a polícia prendeu dois suspeitos.Marcos Rafael Bota, de 23 anos, foi preso por suspeita de ocultação de cadáver. Ele estava no local com um carrinho de mão e uma faca. Ao dar prosseguimento com as investigações, a Polícia Civil chegou a Rogério de Souza Bernardino, de 30 anos. Ele teve o mandado de prisão preventiva cumprido em Mandaguari, onde estava escondido na casa da irmã.
Rogério confessou que era usuário de drogas e comprava entorpecentes na chácara, que fica na Rua Juvenal Cantador. Com uma dívida de R$ 80, ele conta que foi obrigado a cavar uma cova entre os pés de café na chácara, para quitar o débito. Ele nega participação na morte das duas vítimas encontradas no local.
Após a prisão, ele foi levado até o cafezal e mostrou à polícia uma nova cova. “Como ele estava colaborando com as investigações, levamos ele até a chácara e pedimos que ele nos levasse até a cova, para fazermos uma espécie de reconstituição da participação dele, como parte das investigações. Ficamos surpresos quando ele não nos levou à cova já conhecida pela polícia, mas a outro ponto do cafezal. Então começamos a cavar o ponto onde ele afirmava ter feito a escavação e encontramos cabelo, uma mão e um pé humanos”, afirma o delegado-chefe da 17ª Subdivisão Policial (SDP) de Apucarana, José Aparecido Jacovós.
Ainda não se sabe se os restos mortais pertencem às vítimas já conhecidas, ou se são de outro cadáver.
“A ideia inicial era de que as duas vítimas teriam sido enterradas juntas, na mesma cova. No entanto, agora acreditamos que cada corpo foi colocado em covas separadas”, afirma Roberto dos Santos, investigador responsável pelo setor de Homicídios da 17ª SDP.
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