Fóruns eleitorais de Marilândia do Sul e Jandaia do Sul estão implorando aos eleitores para que procurem seus cartórios para fazer o recadastramento biométrico. Em ambas as comarcas, a procura pelo procedimento, numa avaliação geral, ainda não tem sido aquela esperada inicialmente.
Municípios temem perder eleitores para as eleições do ano que vem e, até mesmo, a possibilidade de fechamento de zona eleitoral, conforme diretrizes de resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). É o caso da zona eleitoral de Marilândia do Sul, que corre sério risco de ser extinta.O eleitor que não fizer a biometria dentro do prazo previsto terá seu título de eleitor cancelado automaticamente. Isto acontecendo, ele não poderá votar nas eleições de 2018.
O Fórum Eleitoral de Marilândia do Sul, que abrange os municípios de Marilândia do Sul, Califórnia, Rio Bom e Mauá da Serra, vem intensificando uma campanha no sentido de atingir 100% dos eleitores com a revisão biométrica. Para tanto, a 76ª Zona Eleitoral vem desenvolvendo ampla campanha de divulgação junto à comunidade sobre a importância de os eleitores fazerem a biometria, ao mesmo tempo que conta com o apoio das prefeituras e da própria sociedade organizada na busca de eleitores para este procedimento, seja na cidade ou na zona rural.
Segundo o chefe do cartório, Bruno Azzolini, metade dos cerca de 25 mil eleitores dos quatro municípios foi atendida com a biometria desde quando foi iniciado o processo em 19 de junho. Uns estão mais adiantados e outros não. Os trabalhos prosseguem até o dia 15 de setembro.Até final desta semana foram atendidos 64,6% dos 7.358 eleitores de Marilândia do Sul (4.777), 49,1% dos 7.076 eleitores de Califórnia (3.486), 56,6% do eleitorado de Rio Bom (1.714) e 55% dos 7.265 eleitores de Mauá da Serra (3.994).
Bruno Azollini observa que, pela resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que propõe extinção ou remanejamento de zona eleitorais em todo o País, a Comarca de Marilândia do Sul corre o risco de ser enquadrada nesta determinação. Isto porque a resolução estabelece um número mínimo de 25 mil eleitores para uma zona eleitoral continuar funcionando.
“Nós estamos exatamente neste limite e não queremos que nossa zona eleitoral seja extinta. Por isso, um grande esforço está sendo feito no sentido de não perder eleitores neste processo de revisão biométrica”, afirma Azzolini.Para garantir a meta de 100% dos eleitores no processo biométrico, vale tudo na campanha que vem sendo feita pelo cartório em conjunto com as prefeituras e entidades. As quatro prefeituras, por exemplo, cederam 35 estagiários para atender eleitores no Cartório Eleitoral, além de tenda para abrigar as pessoas. Prefeituras também estão fazendo o transporte diário de eleitores até o cartório.
Até os idosos do Lar São Vicente se dispuseram a fazer a biometria.Segundo Azzolini, o trabalho de divulgação e chamamento das pessoas está contando com a colaboração de padres e pastores durante as missas e cultos, além de professores e diretores de escolas.
Campanha busca eleitores jovensPor uma iniciativa do promotor eleitoral Renato Pianowski, de Marilândia do Sul, foi lançada junto ao Colégio Estadual Padre Ângelo Casagrande a campanha “Ponto para a Cidadania”, com apoio da direção e professores.
Além de conscientizar os jovens eleitores a fazer a biometria, a campanha também propaga a importância de o jovem tirar o primeiro título eleitoral. Assim, nos intervalos das aulas um ônibus da prefeitura transporta os alunos até o cartório para o procedimento biométrico ou emissão do primeiro título.Para atender os estudantes do período noturno, o cartório está ampliando o expediente até as 21 horas quando solicitado. Da mesma forma está fazendo plantão aos sábados para atender às empresas que pedem agendamento de seus trabalhadores.
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