Uma ideia na cabeça e muita vontade de trabalhar e permanecer morando em Rosário do Ivaí. Foi assim que os irmãos Emídio há três anos reinventaram a propriedade rural da família com um plantio de flores. Apesar da atividade ainda engatinhar no sítio de pouco mais de cinco alqueires, os cinco irmãos já conseguiram recuperar os investimentos iniciais e garantir para cada um mais de dois salários mínimos mensais.
Na propriedade, os irmãos construíram cinco estufas e produzem plantas do setor de ornamentação de casamento e eventos, tais como, aster, tango, boca de leão, lisiantus, cravinia, gypsolia (mosquitinho). A atividade de flores ocupa espaço de menos de um alqueire. Sem a intermediação de atravessadores, garantem maior margem de lucro. Por enquanto, a comercialização é feita em floriculturas da região. Segundo, José da Silva Emídio, eles aprenderam a cultivar flores no município de Bragança Paulista, interior de São Paulo. “Quando voltamos de lá, nós tentamos por um bom tempo o cultivo do tomate, mas o resultado não foi o esperado. Foi então, que resolvemos o negócio com flores, plantamos um pouco e deu certo”, relata José.
O irmão Carlos Alberto Emídio, diz que o próximo passo da família é aumentar produção. “Hoje temos espaço para comercializar a produção. Mas, a ideia é ir aumentado os negócios aos pouquinhos, sem fazer loucuras. Também estamos pensando em plantar flores de vaso”, explica Carlos Alberto. O agrônomo da Emater local, André Luiz Alves Miguel, diz que floricultura é uma excelente alternativa para a diversificação das propriedades rurais.
“A floricultura, além de trazer renda de fora que ajuda movimentar o comércio local, consegue fixar o homem no campo. Só nesse caso aqui, são mais cinco famílias que voltaram a sobreviver na terra com mais qualidade do que tinham antes”, comenta Miguel.
Sergio Carlos Empinotti, agrônomo do escritório do Deral, de Ivaiporã explica que a floricultura é uma atividade econômica importante dentro do agronegócio brasileiro. “Faz tempo que o mercado de flores e plantas ornamentais ganha espaço no Brasil. Até 2013, o crescimento anual girava em torno de 12% ano. Com a crise econômica caiu um pouco, mas não parou”.
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